Boa noite, gentemmm
Estou aqui pra falar - finalmente! - sobre o final dessa saga que mexeu demais comigo!
Primeiro vamos aos fatos: comprei "Divergente" ano passado, me dei de presente de natal. Minha amiga Quenia que me indicou. Ela me disse que tinha lido a sinopse em algum lugar e que tinha visto que era mais ou menos no estilo dos Jogos (nosso amorzinho, rs!). Não estava interessada, mas quando vi o livro em promoção no Submarino (site que amo e odeio, rs!), não resisti e comprei. Guardei na estante e a vida continuou. Alguns dias depois eu comprei "Insurgente" e guardei na estante, ao lado do irmão dele. Aí o tempo passou, comprei outros, li outros e meu irmão me disse que estava lendo então resolvi ler também. Cara! Li ambos na mesma semana e levei meses pra comprar o último, e quando comprei, levei meses pra ler. Duas semanas atrás eu li. Li "Convergente" e o Spin - off "Quatro".
Confesso que bateu saudade assim que o livro acabou... De verdade! Lembra que comentei que senti saudade de A Hospedeira assim que terminei de ler? Pois é, senti saudade dessa distopia assim que acabei,e bem mais forte do que o citado acima.
Bom, vamos ao foco então:
Esse livro é narrado por duas pessoas. Divergente e Insurgente são histórias contadas por Tris, e Convergente são dois pontos de vista: de Tris e de Quatro. Eles descobrem que vivem em um sistema arbitrário que os manteve presos por durante muito tempo e que assim que os Divergentes tivessem em um número ideal, a Amizade deveria abrir os portões e sair da cidade para salvarem as pessoas de fora. Todos ficam extasiados, afinal, o que há do lado de fora da cerca? Tris ainda está arrasada com algumas coisas, como por exemplo a traição de seu irmão e seu julgamento. A mãe de Quatro - Evellyn - tomou a cidade, destruiu o sistema de facções e estava governando com muita tirania, exigiu que Tobias terminasse seu relacionamento com Tris e não queria que nada acabasse com o mundo perfeito que ela estava tentando criar. Tris porém, é uma revolucionária, uma rebelde, e ela não aceitaria ordens diretas ou indiretas de Evellyn e de seu grupo de sem facções, então, ela, Christina, Tobias, Peter, Uriah e mais alguns outros decidem sair da cidade e enfrentar o que quer que exista atrás dos portões. Claro que muita coisa perigosa acontece até chegarem na cerca, mas ao atravessarem, a vida deles mais uma vez muda radicalmente...
Assim que chegam do lado de fora da cerca eles descobrem que viveram uma mentira por gerações. Tris e Caleb descobrem quem sua mãe foi realmente, e ambos tem a chance de acertar seus problemas. Ou não! Em um ato de raiva, Tris soca a cara do irmão - o que foi muito bem feito depois de tudo o que ele fez, humpf! Agora algo que realmente me espantou muito nesse livro, foi ver a fragilidade de Tobias. Quatro era um popstar na Audácia, o cara que só tinha quatro medos, o instrutor pavoroso dos iniciandos, o durão, o que causava pânico, pavor e inveja em muita gente, o cara que enfrentou o pai, que traiu a mãe, que matou o líder... como ele era inseguro com relação a tantas outras coisas. Do ponto de vista psicológico, Quatro na verdade era a exacerbação do ego de Tobias. Quatro era tudo o que Tobias temia, e por trás de toda a sua fragilidade, a coragem se sobressaía. Tris e Tobias ainda brigam bastante, mas não há como negar a simetria de ambos. Um era a força do outro, Tris o cérebro e Tobias os músculos.
Alguns contratempos acontecem, e é nessa hora que os carácteres de todos vêm a tona. Quem eles são de verdade? Pelo que estão dispostos a lutar? Estão dispostos a lutar? Muita coisa ruim acontece, e em como todo final de saga, muita gente boa morre. Me lembro de ter ficado arrasada com algumas mortes em Harry Potter 7, fiquei péssima com algumas mortes em A Esperança, uma delas especificamente, acabou comigo, e, claro, não podia ser diferente nesse. Muita gente boa morre, e de maneiras tão tristes! Mortes acidentais, mortes por defesa do próximo, mortes por amor, sacrifícios...
Tris vivia reclamando que não era altruísta o suficiente para viver na Abnegação. No primeiro capítulo de Divergente já vemos a angústia dela ao narrar como sua família era e como ela se sentia culpada por saber que iria abandoná-los. Mas o que nós mais vemos durante as leituras é o quanto Tris é abnegada. No livro dois, ela se coloca em situações de risco por várias vezes pelo simples fato de não querer ver ninguém mais sofrendo, e nesse terceiro livro, vemos a Abnegação presente na vida dela o tempo todo, mesmo depois que as facções caíram, mesmo depois que ela saiu de Chicago, mesmo depois de ser traída, mesmo depois de tudo... Tris é a Abnegação em pessoa.
Tô quase contando o final, ahahahah....
Enfim, o livro se encerra contando a história dois anos e meio depois. Sem sistema de facções, com as pessoas trabalhando por uma Chicago mais próspera, com amizades mais sólidas e acima de tudo, com uma perspectiva de vida melhor. Quando eu estava lendo, faltando uns sete capítulos para o ápice da história, eu matei o que aconteceria. Sabe quando você fala: "Mano, vai acontecer isso?". Pois é! Eu fiz isso, e passei os próximos capítulos naquela expectativa e já morrendo de raiva, mas quando realmente chegou no ápice, apenas pensei que a autora sabe o que fez. Muita gente odiou. E odiou pelo mesmo motivo que provavelmente eu adorei. Se ela tivesse escrito um outro final, talvez a história não tivesse o impacto que teve!
Minha reação não foi essa, não, rsrsrsrs... Foi até antes de eu chegar no ápice, como disse, quando cheguei lá, eu sabia que a autora tinha feito o certo. Gosto de reviravoltas em histórias. Voltando a falar de Harry Potter, me lembro quando cheguei no livro 7 que li sobre a morte do professor Snape. Achei ótimo ele ter morrido, até eu descobrir quem ele era e a importância dele na vida do Harry. Em A Esperança também, na morte que me arrasou. Foi a morte dessa personagem que deu uma reviravolta nos fatos e mudou completamente o curso da história. O clímax de Convergente mexeu muito comigo. Me fez chorar, mas não me deixou com raiva, não. Achei perfeito! Sou shakesperiana, então sou chegada num drama, hahahah... É incrível como os livros podem te fazer refletir na vida, pois, eu passei a última semana me fazendo questionamentos, sabe. Até onde eu iria por meus amigos? Por meus irmãos? Por meu amor? Quais chances eu teria de acertar fazendo o que aparentemente era o errado? Em um determinado ponto do livro, Tobias faz uma reflexão sobre quem ele se tornou nos últimos dois anos e tira uma conclusão sobre as pessoas que eu acho fantástica. Vou colocar aqui, mas vou encurtar o parágrafo com esse sinal [...], tá?
"[...] As mãos dela continuam nos meus ombros, mornas, ásperas e calejadas. [...] Mas não quero me tornar um homem calejado. Há outros tipos de pessoas neste mundo. Existe gente como Tris, que, depois de sofrer e ser traída ainda consegue encontrar amor o bastante [...] e poupar a vida do irmão. Ou pessoas como Cara, que conseguiu perdoar a pessoa que atirou na cabeça do seu irmão. Ou como Christina, [...] mas mesmo assim decidiu continuar aberta e fazer novos amigos. Diante de mim, surge outra opção, mais clara e mais forte do que as que dei a mim mesmo."
Gente, juro, que linda essa história. Me fez rir, me fez chorar, me deixou com gostinho de quero mais, deu até uma vontadezinha - bem pequenininha - de assistir o filme só pra ver o gatíssimo Theo James como Tobias Eaton (ou Quatro, tanto faz, rs!), porque o Quatro é lindo, maravilhoso e perfeito na minha imaginação. Só que não sei por qual motivo, quando li Divergente, não sei, mas me veio na cabeça o Sam Claflin como o cara perfeito para interpretar o Quatro... Sei lá, mas tô meio que entrando numa fase Sam Claflin. Dany Costa me entenderá, ainda ontem estávamos falando dessas fases...
Bom, quero agradecer minha amiga Quenia - linda! - que me indicou essa saga. Amei o livro, a trilogia e o spin - off. Eu falei que ia postar "Quatro" ainda essa semana, mas estou retirando o que eu disse, pois não vou fazer isso essa semana, não, hahahah...
Amores, vou me despedindo! Um grande beijo pra Quenia e pra Dany que eu citei aqui já, e um abraço especial para a Rebeca Fonseca que reapareceu (êbaaaaa!!!! \0/) e pra Sara Miranda que sempre passam por aqui! Muito obrigada pelo carinho de vocês!
Beijoooo!!! =)
"Uma escolha pode te transformar. Uma escolha pode te destruir. Uma escolha vai te definir!"
Convergente - Allegiant - Veronica Roth. Nota Dez!