O-oiii!!!
Tudo bem meus amores e minhas amoras?
Cá estou eu novamente para falar sobre mais um conto dessa mulher espetacular que é a Lygia Fagundes Telles. Logo precisarei fazer um post de vida e obra dela aqui no blog, rs!
Não sei quantos aqui já leram o conto "O Menino". Me lembro de ter lido anos atrás, e assim como tudo o que leio de Telles fica martelando em minha mente forever, tive vontade de ler esse novamente, e comentar aqui. Então, nesse momento, colocarei o lado professora de Literatura Brasileira aqui, e bora lá!
" O Menino" está no mesmo livro de contos que "Venha Ver o Pôr-do-Sol" (pra quem quiser, aqui está o link da resenha dessa obra que fiz um tempo atrás, sei lá quanto tempo, rs, http://mundoliterariodacecy.blogspot.com.br/2014/12/venha-ver-o-por-do-sol.html ) e retrata algumas horas do cotidiano de um menino - horas essas que influenciaram sua vidinha para sempre.
Telles mais uma vez escreve maravilhosamente bem, e mais uma vez, só nos entrega o jogo quando chega a hora. Até dá pra desconfiar que a mulher tá aprontando alguma, mas não dá pra imaginar o que.
O menino tem uma verdadeira adoração por sua mãe. Se fosse na época de Freud, ele diria que isso estava relacionado com o desejo sexual que o menino tinha por sua mãe, para Freud, tudo era relacionado com prazer e instintos sexuais, rs! O conto começa nos mostrando um menino admirando sua mãe se arrumar e se perfumar para sair com ele para o cinema. Iam sem o pai, o que o deixava mais pomposo ainda, pois estava acompanhando sua mãe, se sentindo um grande homem, mas no fundo, amava ser o nenenzinho da mamy, rs!
"Na rua, ele andava pisando forte, o queixo erguido, os olhos acesos. Tão bom sair de mãos dadas com a mãe. Melhor ainda quando o pai não ia junto porque assim ficava sendo o cavalheiro dela. Quando crescesse haveria de se casar com uma moça igual."
A princípio, pensamos que o conto é uma obra mais voltada para o público infantil, mas pra mim, ela está mais para perda da inocência, sabe. Pra quem já assistiu o filme "Em Busca da Terra do Nunca" com o Johnny Depp e a Kate Winslet, em determinado momento onde a situação se complica um pouco, o personagem de Depp diz algo mais ou menos assim para um dos meninos: "É fantástico! Nesses minutos que se passaram você cresceu!", e pra mim foi exatamente a mesma coisa: em duas horas de sessão de cinema, o garotinho cresceu! Detalhe: não sei quanto tempo durava uma sessão de cinema antes, mas vamos nos basear por hoje, rs!
Ele estava em um impasse: será que ele realmente viu o que viu? E quando sua mãe o beijou, a rejeição dele era nítida. O garotinho se sentiu traído! Deve ter pensado horrores sobre sua mãe. Não queria mais receber seus carinhos. Não queria mais falar com ela. Não quis seus beijos, limpou o local onde ela beijou com tanto desdém como se tivesse limpando algo muito nojento:
- Vamos, filhote?
Estremeceu quando a mão dela pousou no seu ombro. Sentiu - lhe o perfume. E voltou depressa a cabeça para o outro lado, a cara pálida, a boca apertada como se fosse cuspir. Engoliu penosamente. De assalto, a mão dela agarrou a sua. Sentiu - a mais macia. Endureceu as pontas dos dedos, retesado, queria cravar as unhas naquela carne.
- Ah, não quer mais adar de mãos dadas comigo?
Ele inclinara - se, demorando mais do que o necessário para dobrar a barra da calça rancheira.
- É que não sou mais criança!
- Ah, o nenenzinho cresceu? Cresceu? - Ela riu baixinho. Beijou - lhe o rosto. - Não anda mais de mão dada?
O menino esfregou as pontas dos dedos na umidade dos beijos na orelha. Limpou as marcas com a mesma expressão com que limpava as mãos nos fundilhos da calça quando cortava as minhocas para o anzol."
É bucha! Ele realmente mudou por completo com sua mãe em apenas duas horas! (Ou menos!) Fico me perguntando se tem como a inocência se perder com tanta facilidade... Na realidade tem sim. Muitos pais acabam incentivando os seus filhos a terem atitudes adultas demais. Essa semana vi um vídeo onde mostrava o contraste de dois pais: um cantava funk para a filha - que mal sabe falar, por sinal - descer até o chão, enquanto o outro pai, um bombeiro, ensinava reanimação cardiopulmonar para seu filhinho. Tenso! Não é de hoje que os valores se perdem dentro do ambiente familiar, e isso fica bem claro nessa obra. O menininho perdeu os valores dele de uma maneira trágica! Pra ele, o significado de família, amor, companheirismo e honestidade acabou dentro da sala do cinema!
Fora que a mamy dele é uma mula também, né? Penso da seguinte forma: quero fazer algo, algo que sei que não devo. Então, que eu faça sozinha, ninguém precisa correr o risco de saber também! Não seria o mais sensato? Mas Telles gosta de fazer o leitor raciocinar, gosta de intrigar e instigar a imaginação. E em vários contos dela, sempre alguém tem um segredo que de alguma maneira o outro descobre. Se bem que em "Venha Ver o Pôr - do - Sol", o segredo permanceceu guardado, porque a outra pessoa, nunca pôde se pronunciar, hahaha... Telles, Telles, que dom!!!
Bom gentemmm, vou encerrando por aqui, preciso dormir porque acabou a mamata: voltei a trabalhar hoje! Estava com saudade dos alunos, é verdade, mas estava tão bom ficar em casa, rs!
E como exemplo de preguiça, nada melhor que colocá - lo aqui: Garfield! Eu poderia colocar uma foto do Doctor também, ô gato que dorme, misericredo! Ele aproveitou que eu saí do meu quarto por uns três minutos, entrou aqui, se deitou bem esparramado parecendo um saco de batata podre (tipo eu depois de um dia exaustivo, rs! Tal mãe, tal filho, hihihi...). Só sei que por volta de 21:30 eu saí do meu quarto e fiquei uns três minutos fora, quando voltei, cá estava meu gato jogado no meio da minha cama. Agora são 01:33, ou seja, olha o tempo que esse fulano está aqui? Nem se mexe! Hahahah!
Bem amores e amoras, espero que tenham gostado. E não, não me esqueci! Vou deixar aqui o link de um blog com o conto para quem quiser ler não só esse, mas alguns contos de Telles, como sempre.
Beijoooo! =)
Bom gentemmm, vou encerrando por aqui, preciso dormir porque acabou a mamata: voltei a trabalhar hoje! Estava com saudade dos alunos, é verdade, mas estava tão bom ficar em casa, rs!
E como exemplo de preguiça, nada melhor que colocá - lo aqui: Garfield! Eu poderia colocar uma foto do Doctor também, ô gato que dorme, misericredo! Ele aproveitou que eu saí do meu quarto por uns três minutos, entrou aqui, se deitou bem esparramado parecendo um saco de batata podre (tipo eu depois de um dia exaustivo, rs! Tal mãe, tal filho, hihihi...). Só sei que por volta de 21:30 eu saí do meu quarto e fiquei uns três minutos fora, quando voltei, cá estava meu gato jogado no meio da minha cama. Agora são 01:33, ou seja, olha o tempo que esse fulano está aqui? Nem se mexe! Hahahah!
Bem amores e amoras, espero que tenham gostado. E não, não me esqueci! Vou deixar aqui o link de um blog com o conto para quem quiser ler não só esse, mas alguns contos de Telles, como sempre.
Beijoooo! =)