Oieeeee.....
Espero que esteja tudo mara com vocês. Por aqui tá tudo bem, apesar do frio inesperado, estamos bem. E o conto de hoje tem um nome muito sugestivo para quem é Whovian, né? Sim, esse Trenzalore é realmente Trenzalore... Okok, vamos começar do começo, rs.
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SINOPSE: Conto de Jim Anotsu, autor de "Annabel & Sarah" e "A Morte é Legal". Essa é a história de um garoto. Que encontrou uma garota chamada Valentina. E ela gostava muito de Doctor Who. E algo aconteceu. E um filme de Dalek entrou no meio da história.
Conto curto, leitura de menos de meia hora, li no busão voltando pra casa. Aqui temos mais um protagonista sem nome, sabemos apenas que ele era amigo de Valentina. Valentina era uma garota formidável. No primeiro dia de aula dela naquela escola, todos viram apenas que ela era diferente e que gostava de Doctor Who. Gostava não, amava. Andava com o enorme cachecol de Tom Baker, o 4º Doctor debaixo de sol quente, e às vezes era possível encontrá-la de sobretudo (10º Doctor) ou com uma folha de aipo na lapela da camisa (6º Doctor). Quando chegou na escola, subiu na mesa do pátio e gritou: "Olá, Stonehenge!". Conhecia física, mas, não sabia calcular a distância de dois pontos, gostava de geografia e literatura, desde que essas, fossem relacionadas com alguma coisa bem distante do terceiro planeta a partir do sol.
Um dia, Valentina e seu amigo estavam voltando para casa, ela estava usando camisa de botões, paletó e gravata borboleta, e estava extremamente pensativa. No meio do caminho tinha um banco, ela se sentou, tirou a chave de fenda sônica do bolso, apertou e ouviu o barulho da mesma e convidou o amigo para ir até a casa dela para juntos assistirem a um filme antigo de Daleks, desde que ele levasse pipoca, porém, o garoto tinha treino no dia sugerido e não poderia comparecer. Continuaram caminhando em passos lentos e poucas palavras.
"Eu me lembrava de como as pessoas costumavam implicar com a aparência dela nos primeiros dias, mas, o que mais ficava presente em cada fibra do meu cérebro era que justamente a estranheza daqueles cabelos bagunçados e olhos azuis chamava a minha atenção. Ela era tão diferente do resto das pessoas que me atraia para o seu redor como um daqueles peixes fluorescentes que se vêm em documentários na TV."
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Após voltarem a caminhar, a garota levantou alguns questionamentos sobre Maria Antonieta, a rainha da França que eles tinham estudado na aula de História. Começou a perguntar se era possível que Maria Antonieta pudesse ter sentido medo no dia da morte de Luis XVI, principalmente pelo fato de saber que seria a próxima. O garoto não soube responder, o que a levou a indagar o trecho que dá nome a obra:
"-Eu só andei pensando nela, sabe. Ela nem tinha nossa idade quando saiu da Áustria. Imagine o que é largar sua vida inteira, tudo o que você conhece para entrar em um universo desconhecido. O Doctor em um dos episódios diz que 'há um lugar no qual você nunca deve ir. Um lugar em todo o tempo e espaço no qual você nunca deve se encontrar.'
-Trenzalore - respondi, aquele havia sido um dos últimos episódios que havíamos assistido juntos, aquele antes do especial de cinquenta anos da série, e alguns detalhes ainda estavam em minha mente.
-Sim, Trenzalore... Maria Antonieta foi até. O Palácio de Versalhes foi sua Trenzalore muito pessoal e intransferível. Um ponto fixo no tempo. O Doctor sabe que um dia ele irá para lá e todos nós sabemos que um dia iremos até lá... Só que não antes da hora. Horários são quase importantes para viajantes do tempo"
Quando cheguei nesse parágrafo, eu tinha apenas uma certeza: que esse conto não teria um final feliz. Mas, não vou dizer mais nada, acho que vocês terão que ler para tirarem suas próprias conclusões.
Encontrei esse conto por acaso sapeando a Amazon no início do ano. Vi o nome "Trenzalore", e pensei imediatamente: "será que é um conto Whovian?" A resposta veio apenas meses depois, quando eu li. Nesse conto nós notamos coisas como:
- Nem sempre vale a pena esperar pelo momento certo, às vezes perdemos tempo tentando ser mais corajosos e depois é tarde demais;
- Não devemos julgar as pessoas pela aparência ou por seus gostos peculiares;
- Às vezes é melhor assistir um filme de Dalek hoje do que viver no "e se" pro resto da vida...
Okok, já falei demais, já chega. Trenzalore ainda está de grátis na Amazon, clique AQUI para adquirir. Acho que é gratuito permanente. Confesso que chorei, e o ultimo parágrafo é emocionante. A última frase então, apenas os Whovians saberão o significado de algumas palavras, mas, a ideia geral fica explícita.
"Em Gallifrey, Barcelona ou Raxacoricofallapatorius. Ela está flutuando no vórtice do tempo e sabe que eu a amei!"
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Leiam, gentemmm, leiam mesmo. Vale a pena, super indico. Amanhã trago mais um conto brasileiríssimo lá do Wattpad, allright?
Allons-y!
PS: Galiffrey, Barcelona e Raxacoricofallapatorius são nomes de planetas citados na série, tá?
Olá Cecyyyyyy
ResponderExcluirEssa premissa reflexiva de não procrastinar, de aproveitar o momento e de relativizar a felicidade é super importante.
Gostei da indicação, vou lá conhecer até porque estou querendo ler algo rapidinho e com qualidade.
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
Oie Luli!
ExcluirRealmente, viver com arrependimentos é terrível!
Vai lá, qualquer dúvida cê me chama que eu traduzo pro cê, hahaha!
Beijoooo