sábado, 25 de julho de 2015

Resenha #17 - A Hospedeira - Stephanie Meyer

   Boa noite, gente linda!!!
   Eu sei, eu sei, hoje faz exatamente dois meses que eu fiz meu último post, e confesso que me envergonho disso, sorry, guys...

   Bom, estou aqui hoje pra falar de um livro que rejeitei muito a ideia de lê-lo, mas acabou que a minha curiosidade venceu a má vontade e eu comprei: A Hospedeira (The Host).


   Para quem assistiu o filme, sinto em decepcionar, mas o livro é diferente. Beeeem diferente mesmo. Começando pelo tipo físico e a personalidade de alguns personagens e pelo fato de uns existirem e outros não.

   A história acontece em uma época pós uma invasão alien no planeta, só que diferente das invasões por conquista a base de violência, essa foi como um problema de pressão alta: silenciosa. Durante o enredo, a personagem conta como foi que a invasão aconteceu, aos poucos, sem chamar a atenção, até que alguns humanos descobriram e passaram a fugir. Melanie Stryder era uma dessas fugitivas, passou anos fugindo junto com seu irmão. Seu pai foi pego e inserido com uma alma que contou o esconderijo dos filhos para as outras almas, e Melanie e seu irmão Jamie passaram muito tempo fugindo, até ela conhecer por acaso Jared, um homem vinte anos mais velho, mas com um coração imenso. Há dois anos ele não via um humano, e juntamente com Mel e Jamie, eles formaram uma família. O tio de Mel, Jeb, tinha um esconderijo no deserto e Mel estava procurando por uma prima quando foi cercada pelas almas e em uma tentativa desesperada de não ser inserida, ela se joga de uma altura considerável. Mel pensou estar se matando, porém, ao cair, ela não morreu. As almas cuidaram do corpo de Mel e inseriram uma alma chamada Peregrina, que de todas as almas existentes ali, era a única que tinha vivido em tantos planetas diferentes - nove para ser mais exata. Peregrina é uma alma dócil, porém, um dia ao acordar, descobre que Mel está consciente dentro de sua cabeça, e ela aos poucos vai conhecendo mais e mais sobre a vida de sua hospedeira. Peregrina começa a ficar incomodada com o fato de Mel não parar de tagarelar na sua mente, e a sua Buscadora tem uma ideia: retirar Peregrina do corpo de Mel e ser inserida em seu lugar para tentar controlar a hospedeira e encontrar o grupo de resistência de seu tio Jeb. O problema é que Mel ama Jamie e Jared a tal ponto que a parasita sente necessidade urgente de estar com eles, e em acordo comum, hospedeira e parasita se unem para tentar encontrar os dois. 


   Juntas, elas atravessam o deserto e quase morrem na tentativa de encontrar a Resistência, pois estão fracas, desnutridas e desidratadas, e quando estão prestes a morrer, tio Jeb encontra Peregrina e a leva para as cavernas causando um grande tumulto. Peregrina é machucada por aqueles que ama, sofre privações de todas as maneiras. É subalimentada, dorme em condições precárias, sofre com o medo as pessoas, porém é mantida viva graças a misericórdia de Jamie e de tio Jeb, que se apegam a pequena alma dentro do corpo de Mel, que acaba revelando que a hospedeira está em sua mente o tempo todo. Ambas amam e desejam Jared, mas ele passa mais da metade do livro ignorando a parasita, e nesse ínterim, Ian, passa a ser um dos protetores de Peregrina - chamada agora de Peg - e ao passar mais tempo com a alma, acaba se mostrando o mais humano de todos os humanos da Resistência, e apesar do amor que sente por Jared - pois Mel o ama, e tudo o que ela sente, Peg sente também - ela passa a ver Ian de uma maneira diferente. Ian é o personagem mais cativante do livro. Leve, carismático, doce, sereno, é para Peg uma calma em meio a tanta turbulência. Claro que aos pouco, Peg se apaixona. Peg, a alma, e não Mel, que a critica o tempo todo. Com o tempo, a maioria das pessoas se acostuma com a presença de Peg, e ela passa a ajudá-los de uma maneira que Mel nunca poderia, passando a ser essencial na vida nas cavernas. 


Sentindo-se amada e ao mesmo tempo odiada, Peg toma uma decisão: ela vai devolver o corpo de Mel, pois não há como ambas permanecerem juntas. Lembra nas aulas de química ou física que fala que dois corpos não ocupam o mesmo espaço? Tipo isso! Ian desaprova, pois se Peg os deixar, além de eles perderem uma grande aliada, ele perde seu amor. Mel se enfurece, pois diz a Peg que ela os ajudou de uma maneira como ela nunca poderia. Tio Jeb concorda com Ian, acha que Peg é essencial na vida deles, e Jared não emite sua opinião, ele ama Mel, mas sabe que também precisa de Peg.

Enfim, não vou falar mais, já soltei muito spoiler, hahaha...

Pontos altos do livro:

*Eu gostei da leitura, é leve, calma, confusa em algumas partes. Não sei se dá pra ser encarado como triângulo amoroso, pois envolve três pessoas e uma alma que está dentro de uma pessoa, então é, o quê, um quadrado amoroso só que com duas pessoas em um corpo só? rsrsrs...
*As personagens são extremamente cativantes! Não tem como não amar Peg com seu amor incondicional por Jamie, o próprio Jamie por sua pureza, Doc por sua compaixão, Jeb por sua perspicácia, e até Jared dá pra amar um pouco mais pro final do livro, rs, e Ian, por ser... Ian!
*Do mesmo jeito que não tem como não amar os citados acima, não tem como não ter uma certa bronca de tia Meg por sua arrogância e má vontade, Sharon por sua falta de noção, e Kyle (irmão de Ian) por ser... Kyle, ahahah.

Pontos baixos do livro:

*As vezes a leitura fica um pouco massante. Chega a dar raiva todas as vezes que Peregrina sofre nas mãos das pessoas que ela está tentando proteger, e ela fala tantas vezes sobre como se sente com relação a Jared, e como sofre por poder estar tão próxima dele e não poder tocá-lo, e por amar Mel também, que chega a irritar, mas, tirando essas partes, o livro é bom.
*As tentativas de assassinar Peg também, e a violência que ela sofre repetidamente também poderia ter sido escrita de outra maneira, mas para a dinâmica do livro funcionar, talvez, realmente fosse necessário.
*Achei desnecessário o pití de Peregrina após descobrir que as almas estavam sendo retiradas de qualquer maneira. Aliás, desnecessária foi a descrição do pós-pití, quando ela ficou sei lá quantos dias sem comer ou falar. Foi legal depois Jeb explicar a razão de tudo, mas achei desnecessário prolongar tanto a autoflagelo da bichinha.

   Enfim, quando eu cheguei no final do livro, confesso que senti saudade... É gostoso ler um livro assim, onde você acaba de ler e sente saudade dos personagens. Uma história cativante. Fico pensando que se realmente houvesse uma invasão alien no planeta, esse tipo de conquista seria a mais apavorante de todas: silenciosa. Imagina só, ser uma pessoa em um dia e no outro estar sufocada no fundo do seu cérebro com outra pessoa usando seu corpo? Que horror!!! Meyer também nos faz pensar no significado do que é ser humano. Peg é chamada o tempo todo de "Coisa", "Aquilo", "Parasita" e em uma discussão com seu irmão, ao afirmar que Peg precisa morrer porque não é humana, Ian questiona se lançar mão de violência gratuita contra alguém que não faz mal a ninguém os torna mais humanos. E isso vemos muito nos dias de hoje!

    Então, gentemmm, aí está a minha dica. Interessante é que eu não queria ler por ser da mesma autora de Crepúsculo - a saga que mais detesto! - mas, confesso que gostei, e gostei bastante. Eu estava rotulando A Hospedeira por Crepúsculo, me lasquei no meu próprio julgamento. É bom pra eu largar mão de ser besta, rsrsrs!


A Hospedeira - The Host - Stephanie Meyer

2 comentários:

  1. Oi Cecy, amei sua resenha, muito bem detalhada, você escreve muito bem e separou um quote que eu amei, que é esse do post-it amarelo, eu li esse livro há alguns anos e a diferença de escrita entre ele e Crepúsculo é gritante. Apesar do começo ser bem monótono a partir da metade ele ganha um ritmo muito bom e acredito que é a partir daí que todo mundo se apaixona pelo livro. Acredita que faz tanto tempo que li e nunca vi o filme? Seu post até me lembrou disso.

    Muito bom o post, adorei mesmo! Parabéns pelo blog, beijinhos!
    http://peixinhogeek.blogspot.com.br

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    1. Iza, querida, obrigada pela visita! Eu assisti o filme primeiro e assisti mais por falta de opção: dois anos atrás eu estava com o pé quebrado na casa do meu irmão e ele disse: "vou colocar um filme pra gente ver...". E como ele estava todo fófis comigo devido ao machucado, fiquei sem graça de falar que não queria assistir, mas, assisti e achei bonitinho, sabe. Tinha certeza que o livro era diferente e tals, mas não queria ler, pois não gostei da escrita de Meyer com os vampiros brilhantes... E como disse no texto, esse ano minha curiosidade venceu meu preconceito, ahahah... Adorei o livro!

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