Oi pessoas, tudo bem?
E em seus momentos livres, quais são seus hobbies?
Se eu te falar “escrever”, você vai acreditar? Rs.
Mas é verdade. Como escritora independente, escrever é a parte mais fácil e a que toma menos tempo. Eu tenho que cuidar de todo o processo de produção, acompanhando todos os serviços que eu contrato, como revisão de texto, criação de arte de capa, diagramação de capa, diagramação de miolo, impressão na gráfica, criação de brindes... Mesmo que não seja eu a realizar esses serviços, acompanhar dá trabalho, viu?! As etapas que envolvem texto são as mais trabalhosas. Já li Sobreviventes, pelo menos, umas 12 vezes. Nem vou citar a dificuldade em encontrar esses profissionais no mercado com valores acessíveis...
Tem também a parte da divulgação, onde tenho que fazer a manutenção dos parceiros que já possuo, mantendo contato, embrulhando mimos, escrevendo cartinhas, avaliando resenhas, interagindo nas redes... tenho também que buscar novas parcerias, onde é preciso estudar o influenciador, conhecer seus textos, suas imagens, suas interações, seu público. É preciso também manter as redes sociais do livro em atividade, então é necessário criar imagens, conteúdo, tirar fotos do livro... No final do dia eu ainda tenho que reservar um tempinho para ver as vendas físicas do livro, escrever dedicatória em cada exemplar vendido, fazer os cartões que vão junto, embrulhar um por um pra mandar pelos correios, acompanhar as entregas... São atividades fáceis de executar, mas que tomam muito tempo. Quando você vê, o dia acabou e as pessoas importantes na sua vida estão esperando sua atenção, rs.
Aí, quando sobra um tempinho, lá no final de semana, eu sento para analisar todo o desempenho do livro e alimentar meus controles, facilitando a tomada de decisão futura. E, se restar um pouco de energia, eu escrevo! Atuar de maneira independente é difícil, Cecy, não vou negar. São muitas etapas para uma pessoa só. É preciso disciplina e organização pra dar conta. Por sorte, possuo essas características naturalmente, não preciso me forçar a fazer isso.
Mas a gente sempre dá um jeitinho, né? Amo viajar para o campo com meu namorado, cozinhar para ele, assistir um filme comendo pipoca e brigadeiro. Também adoro ir pra balada, ouvir boa música, dançar... Eu sou de época, sabe? Tem períodos que quero ficar em casa vendo TV no tempo livre, em outros períodos quero ir para baladas, para bares, para shows. Sou bem de lua, é um pouco difícil acompanhar, rs! Ultimamente, ando mais caseira. Mas é porque a segunda edição de Sobreviventes está em andamento, e as etapas de produção se intensificaram. Além de eu estar mais cansada, também estou tendo que lidar emocionalmente com os contratempos, que não param de surgir. Sou exigente, gosto quando a execução corresponde ao planejado. Quando isso não acontece, fico abalada. Aí minha vontade é de ficar quietinha em casa.
Ontem, eu disse que a entrevista com a Bianca estaria dividida, pois acho que seria legal dividir em partes, como as dificuldades no mercado editorial e sobre a obra em si. Hoje estaremos focados apenas em Sobreviventes do Caos, ok?
Bora lá?
E em seus momentos livres, quais são seus hobbies?
Se eu te falar “escrever”, você vai acreditar? Rs.
Mas é verdade. Como escritora independente, escrever é a parte mais fácil e a que toma menos tempo. Eu tenho que cuidar de todo o processo de produção, acompanhando todos os serviços que eu contrato, como revisão de texto, criação de arte de capa, diagramação de capa, diagramação de miolo, impressão na gráfica, criação de brindes... Mesmo que não seja eu a realizar esses serviços, acompanhar dá trabalho, viu?! As etapas que envolvem texto são as mais trabalhosas. Já li Sobreviventes, pelo menos, umas 12 vezes. Nem vou citar a dificuldade em encontrar esses profissionais no mercado com valores acessíveis...
Tem também a parte da divulgação, onde tenho que fazer a manutenção dos parceiros que já possuo, mantendo contato, embrulhando mimos, escrevendo cartinhas, avaliando resenhas, interagindo nas redes... tenho também que buscar novas parcerias, onde é preciso estudar o influenciador, conhecer seus textos, suas imagens, suas interações, seu público. É preciso também manter as redes sociais do livro em atividade, então é necessário criar imagens, conteúdo, tirar fotos do livro... No final do dia eu ainda tenho que reservar um tempinho para ver as vendas físicas do livro, escrever dedicatória em cada exemplar vendido, fazer os cartões que vão junto, embrulhar um por um pra mandar pelos correios, acompanhar as entregas... São atividades fáceis de executar, mas que tomam muito tempo. Quando você vê, o dia acabou e as pessoas importantes na sua vida estão esperando sua atenção, rs.
Aí, quando sobra um tempinho, lá no final de semana, eu sento para analisar todo o desempenho do livro e alimentar meus controles, facilitando a tomada de decisão futura. E, se restar um pouco de energia, eu escrevo! Atuar de maneira independente é difícil, Cecy, não vou negar. São muitas etapas para uma pessoa só. É preciso disciplina e organização pra dar conta. Por sorte, possuo essas características naturalmente, não preciso me forçar a fazer isso.
Mas a gente sempre dá um jeitinho, né? Amo viajar para o campo com meu namorado, cozinhar para ele, assistir um filme comendo pipoca e brigadeiro. Também adoro ir pra balada, ouvir boa música, dançar... Eu sou de época, sabe? Tem períodos que quero ficar em casa vendo TV no tempo livre, em outros períodos quero ir para baladas, para bares, para shows. Sou bem de lua, é um pouco difícil acompanhar, rs! Ultimamente, ando mais caseira. Mas é porque a segunda edição de Sobreviventes está em andamento, e as etapas de produção se intensificaram. Além de eu estar mais cansada, também estou tendo que lidar emocionalmente com os contratempos, que não param de surgir. Sou exigente, gosto quando a execução corresponde ao planejado. Quando isso não acontece, fico abalada. Aí minha vontade é de ficar quietinha em casa.
Você começou publicando sua obra como livro digital e agora partiu para o físico. É mais fácil começar com e-books para depois se arriscar com físicos ou você quis começar assim para descobrir se teria melhor aceitação do público?
Quando eu publiquei Sobreviventes em e-book, ainda não sabia se existiria a publicação física. Na época eu tinha fundado uma editora que investia muito no formato digital, a gente acreditava no crescimento desse segmento no mercado (eu continuo acreditando, daqui 10 anos, ou menos, o cenário será completamente diferente). A ideia era sentir um pouco como seria a repercussão da obra, também. Mas vou te falar que não deu muito certo, viu?! Sobreviventes teve pouquíssimas vendas no formato digital, o que foi bem desanimador no começo. Eu cheguei a ficar um pouco confusa, porque eu tinha um retorno muito positivo de quem lia, e aqui não estou falando só de público alvo, mas também de leitores que não se interessariam pela história, dado seu gênero, mas mesmo assim gostaram muito da narrativa, da escrita. Em contra partida, eu tinha pouquíssimas vendas.
No começo eu pensei que era uma falha no processo de divulgação, achei que o que faltava era que os leitores soubessem que aquele livro existia, que estava disponível para compra. Mas essa teoria foi por água abaixo quando eu fiz o teste de colocar o e-book gratuito na amazon. Fiz um trabalho forte com meus parceiros, pedindo pra eles divulgarem as imagens dessa campanha em dois dias diferentes. No fim, a quantidade de baixas foi surpreendente. O livro ficou em #10 no ranking de fantasia e ficção, que é uma categoria muito concorrida.
A verdade é que são poucos os leitores que leem no formato digital, e esses leitores conhecem a amazon muito bem. Eles sabem que o escritor independente, mais cedo ou mais tarde, vai usar a ferramenta de deixar o conteúdo gratuito. Então ele espera. O que não lhe falta é livro pra ler, a biblioteca do kindle dele está lotada de e-books que ele baixou quando estavam gratuitos. Por que ele vai pagar R$ 5,99 hoje, se aquele e-book vai estar de graça nos próximos meses?
Mas, mesmo assim, na minha opinião, a publicação do e-book deve anteceder a publicação do físico, sempre. Não com o objetivo de conseguir retorno financeiro, mas com o objetivo de conquistar público, fazer parcerias. Você tem que ter algo publicado pra iniciar seu processo de divulgação. Minha ideia era iniciar as vendas físicas já com muita resenha divulgada, muita informação sobre o livro na rede e um público já formado, mesmo que pequeno. Foi isso o que aconteceu e acredito que os exemplares da primeira edição se esgotaram rapidamente devido a esse trabalho com o e-book.
Vou abrir aqui uma informação pra você, que vai ajudar a entender a importância do e-book antes da publicação física: 75% dos leitores que compraram Sobreviventes em versão física já tinham lido o livro em e-book e, como gostaram muito da história, fizeram questão de ter um exemplar na estante. Não preciso dizer mais nada, né?! rs
SOBRE SOBREVIVENTES DO CAOS
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Falando sobre Celine: ela é uma personagem forte, leal, e simultaneamente ogra e carismática, rs. Foi em algum momento especial de sua vida que você a desenvolveu ou simplesmente se sentou e ela pulou para as linhas?
É muito bom ler sua pergunta, Cecy, porque a Celine foi trabalhada exatamente para trazer essa contradição: ela é empática, mas também um pouco insensível, ogra. É forte fisicamente, mas tem o emocional abalado com facilidade. Gosta de manter distância das pessoas, mas facilmente se coloca no lugar delas e sente uma vontade genuína de ajuda-las. É muito bom quando o leitor percebe esses traços na sua personalidade, mostra que a história realmente o envolveu. Não é sempre que acontece.
A Celine foi muito bem trabalhada na minha cabeça, sua personalidade é muito bem definida pra mim. Isso porque eu tive muito tempo para criá-la, rs. Muito antes de pensar em ser escritora, eu tinha uma mania de inventar personagens para as histórias que eu acompanhava. Celine surgiu na minha cabeça enquanto eu lia (ou devorava) a série A Irmandade da Adaga Negra, da J. R. Ward. Naquela época eu nem imaginava escrever um livro, nem passava pela minha cabeça que Celine teria uma história para ela. Mas ela continuava ali, na minha mente. Em toda cena que acontecia na saga, eu ficava imaginando qual seria a reação dela, o que ela faria se estivesse naquela história. Essa é uma saga de vampiros guerreiros, então o cenário é de guerra, mesmo. Por isso ela se formou na minha cabeça como uma guerreira. Claro que, ao criar o enredo da trilogia 2323, eu tive que adaptar um pouco a personagem, mas a personalidade dela já estava formada. Aí foi só ir criando as situações, respeitando seu perfil para descrever suas ações.
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Como foi para você criar personagens tão intensos e um universo distópico tão diferente?
Foi muito natural, Cecy. É o que eu gosto, sabe? Eu amo distopias, ação, aventura, romance hot. E amo personagens fortes, bem trabalhados, com suas atitudes embasadas em seu passado, seu histórico. Porque na vida real é assim que funciona: você é quem você é devido a sua criação, a cultura na qual você foi inserido, a educação que teve... Como eu gosto disso, é o que eu leio. Então foi natural. Todo o processo de criação pra mim é natural. Eu estou jantando, e uma cena simplesmente surge na minha cabeça. Eu sento e coloco no papel, simples assim, rs.
Acho que a intensidade dos personagens se dá muito pela narração em primeira pessoa. Ela já traz um suspense, independente do gênero da obra. O leitor está tão exposto a se surpreender quanto o personagem. Eu, pelo menos, sempre fico na expectativa de uma traição, de uma reação inesperada, uma revelação bombástica. Então, como o leitor recebe as informações no mesmo momento que o personagem, ele acaba sentindo aquelas reações de maneira mais intensa. O leitor acompanha tudo o que levou o personagem a sentir aquilo, é difícil não sentir, também, rs. Aí fica aquela sensação de que os personagens são intensos, mas, em verdade, intenso é o sentimento que o narrador tem por aquele personagem.
Os sonhos da Celine foram criados exatamente pra trazer esse embasamento, para fazer o leitor entender o porquê ela se sente daquela maneira. A partir das suas lembranças, o leitor entende sua relação com Max, com Dárion, com seus pais. É uma justificativa, mesmo. Por que Celine reage de maneira tão intensa a determinadas situações? Por que ela odeia o pai? Como sua personalidade foi moldada? A resposta para tudo isso é o seu passado. A maneira como foi criada, o ambiente no qual ela foi inserida, as situações que teve que enfrentar... Para evitar que o leitor fique confuso, ou ache suas reações “forçadas”, é necessário trazer esse embasamento. Quando a opinião/reação é fundamentada, ela é mais forte, traz essa sensação de intensidade.
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No começo do livro, podemos ler que os EUA foram os responsáveis por espalhar o caos, mas, fiquei em dúvida sobre o local onde se passa a história. Temos personagens com nomes americanos, com nomes tipicamente brasileiros e outros nomes que não tenho ideia da origem deles, hahaha. Então, onde se passa a trama?
Ah, que pergunta gostosa, rs! O objetivo em ter nomes com origens diferentes é exatamente esse, não foi uma coincidência. Em 2323, o mundo como existe hoje é só uma lenda, algo que as pessoas que vivem lá só ouviram falar. Não existe mais demarcações de territórios: continentes, países, cidades. Isso não faz mais diferença, seja qual foi o nome daquele território, ele não pertence mais a ninguém, não há limites a serem respeitados, acordos celebrados. Então essa informação é aberta, mesmo.
Quanto à citação dos EUA no capítulo Zero, é porque eu realmente acho que, se o mundo fosse assolado por um vírus mortal, o país que teria recursos suficientes para achar a cura, seria os EUA. Talvez a China, mas acho que os EUA ganhariam essa corrida.
Quando você começou a escrever Sobreviventes do Caos, você já sabia que seria uma trilogia, ou apenas durante o desenvolvimento que você decidiu dividir a trama?
A única coisa que eu já sabia quando comecei a escrever Sobreviventes era que seria uma trilogia, rs. Eu tinha os personagens definidos na minha cabeça, mas a história em si, os acontecimentos, vão todos surgindo no decorrer da escrita.
Max no momento é o homem da minha vida, hahah. Ele é o mocinho e o vilão, simultaneamente. O que podemos esperar de Max no próximo livro?
Ah, esse Max.... rs! Eu gosto muito desse personagem, ele tem participação fundamental na história, principalmente nas decisões da Celine.
No segundo volume da trilogia, Max terá um amadurecimento muito grande, como a maioria dos personagens. Ele não terá grande espaço nesse volume, pois durante parte dessa história Celine estará longe dele. Como a narração é feita por ela, ele acaba aparecendo um pouco menos. No primeiro volume, essa ausência do personagem foi suprida pelas lembranças da Celine. No segundo volume, ela estará muito mais focada na guerra, nas batalhas, nas estratégias de sobrevivência. Por isso, sua mente não terá tanto espaço para pensar em Max. Mas a participação dele no enredo continua muito importante para o desenvolvimento dos acontecimentos.
Jafar tem um humor negro e malícia de Já’Far de Aladdin em minha opinião. O nome você realmente tirou do filme da Disney ou foi pura coincidência?
O Jafar é um vilão clássico, né?! Eu gosto de trazer alguns elementos clássicos, até alguns clichês. Quando eu escolhi o nome “Jafar”, eu não estava pensando no vilão de Aladdin. Mas eu já assisti esse desenho algumas vezes, gosto bastante dele. Então, eu acho que pode ter sido uma inspiração inconsciente, sabe? Eu não pensei nele ao escolher o nome, mas, provavelmente, minha mente resgatou esse nome da lembrança desse desenho, mesmo que eu não tenha feito a relação do nome com o personagem naquele momento.
Não sei, Cecy, de verdade. Antes de você, outro leitor fez essa comparação e eu me surpreendi ao perceber que os nomes dos vilões eram iguais. Mas acho que é um nome muito incomum pra ser uma coincidência, né?! Eu imagino que eu tenha resgatado esse nome do desenho, mesmo sem perceber.
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Os nomes e títulos diferenciados de seus personagens, como nos casos de “Grugs” e “aligortes” por exemplo, são anagramas, mistura de palavras ou apenas nomes inventados por você que ficaram legais?
São só nomes inventados, mesmo. Acho gostoso inventar esses nomes próprios, ficar juntando sílabas aleatórias até que elas formem algo com um som bacana. É divertido...
MAIS DE BIANCA GULIM:
- Família pra você é: Apoio e amor incondicionais;
- Coca – Cola ou suco de laranja? Coca-cola, da de 3 litros de preferência, rs.;
- Doce ou salgado? Salgado;
- Jogos Vorazes ou Divergente? (malvadinha!) Jogos Vorazes;
- Arco e flecha ou soco na cara? Soco na cara.
- Max ou Luke? (malvadinha 2!) No primeiro volume, Max. No segundo, acho que Luke.
To Be Continued... Again, hahahah. Amanhã sai o restante, prometo!
Beijoooo