sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Vida e Obra: Jane Austen - Resenha #12 Jane Austen: Uma Vida Revelada

Hello Sweeties....

Eu sei, eu sei. Faz muito tempo. Me perdoem! Fiquei meses sem computador, quando o computador chegou fiquei sem internet. O pior de tudo foi ficar sem tudo o que tinha no meu computador: fotos do meu pai que já faleceu há uns anos, fotos do tempo da facul, dos meus alunos, arquivos com minhas aulas, e o pior de tudo: meu TCC! Maldito Cavalo de Troia! Enfim, quando postei sobre o livro Shada, eu estava lá no Rio, curtindo os últimos dias de 2014 e os primeiros de 2015 na casa da minha querida amiga Dany Costa, junto com outros grandes amigos - Cris, Marcio, Rodrigo e Aline - e gente: foi mara!!! Ver o Marcio imitando o Freddie Mercury pertinho da meia - noite foi demais. E sim, viramos o ano ouvindo Queen. Inspirador, hein? rs! Mas, me lembro que ao fazer essa postagem eu prometi resenha para a próxima, então, aqui vou eu: vamos falar sobre ela, maravilhosa Jane Austen. Nada melhor do que uma biografia para saber mais sobre um autor que a gente admira, não é?
"JANE AUSTEN - UMA VIDA REVELADA." Título de uma grande obra!

Em primeiro lugar, quero compartilhar um segredo com vocês, amigos: eu não terminei de ler esse livro!!!!! Não por ele ser chato e massante, ao contrário, eu estava comendo o livro. Mas voltando de São Paulo em um dia muito deprimente da minha vida, eu estava lendo no busão e dormi. Acordei e desci depressa pra pegar o outro bus. Aí já viu tudo, né? Esqueci o livro no banco do ônibus! E nem tive a chance de correr atrás do prejuízo. Perdi meu livro! E venhamos e convenhamos, que livro lindo! A capa azul com essa fita rosa com o título ficou perfeita. O livro conta a história de como Jane se tornou essa famosa romancista, e como ela teve coragem de usar seu nome em pleno século XIX. Pra quem não leu nada da autoria de Austen, já deixo avisado que esse livro solta muitos e muitos spoilers a respeito de outros livros. Mas, bora conhecer um pouco de Jane e do livro?


Sinopse: Uma biografia contundente, perspicaz e divertida como uma legítima obra de Jane Austen, a vida revelada da escritora mais importante do século XIX. Embora seja uma das escritoras mais amadas de todos os tempos, Jane Austen ainda é uma figura de grande mistério. Seria ela a gentil e doce tia Jane? Ou uma moça de língua afiada, ardilosa, como sugere sua escrita? Como passava seus dias? E, se ela nunca alcançou o mesmo final feliz de suas personagens, teria ao menos encontrado o amor verdadeiro? Ambientando sua narrativa no contexto da aristocracia inglesa do século XIX, Catherine Reef extrai informações de cartas escritas por Austen para conceber um relato íntimo da vida e dos sentimentos da escritora. A narrativa inclui detalhes dos seis fascinantes romances publicados pela escritora.

É isso o que está escrito na contracapa do livro. Mas vamos ao livro:

Austen nasceu em Steventon no dia 16 de novembro de 1775, sendo ela a sétima filha do reverendo George Austen e de Cassandra Leigh. Naquela época as mulheres não tinham muitas oportunidades, algumas frequentavam escolas para moças e outras obtinham a educação em casa com governantas. Os Austen não tinham como manter uma governanta, e decidiram então mandar suas filhas para uma escola de meninas. Algum tempo depois, devido a uma doença grave de sua irmã, elas abandonaram a escola e voltaram para casa, mas nunca deixaram realmente de estudar, e desde cedo, Jane desenvolveu um gosto imenso pela escrita. Sua irmã estava noiva de um oficial, porém quando esse veio a falecer antes do casamento, Cassandra decidiu não se abrir mais para o amor, e passou a usar roupas sem decotes e toucas nos cabelos - itens que pertenciam a mulheres casadas de meia idade. Aos 20 anos, Jane conheceu um parente de uma amiga chamado Thomas Lefroy, por quem desenvolveu um grande afeto e esperava um pedido de casamento. Lefroy, porém, partiu seu coração indo embora para se casar com uma moça da aristocracia para salvar sua família da pobreza iminente. Jane e Lefroy nunca mais se encontraram e ela nunca mais pronunciou seu nome outra vez. Após o falecimento de seu pai, Jane, sua irmã e sua mãe se mudaram algumas vezes, passavam temporadas com seus irmãos que viviam bem e ela voltou a dedicar sua vida à escrita. O livro contém ainda pequenos resumos de suas obras, e aí vem os spoilers, porque ele revela os finais dos livros, de como Jane arquitetou suas heroínas. Jane nunca se casou, e assim como sua irmã, antes dos 30 anos passou a se vestir como uma senhora de meia idade, sem decotes e com touquinhas esquisitas na cabeça. Talvez para a época fosse um charme, mas acho feio pra burro! Os últimos capítulos falavam sobre os livros Emma, Abadia de Northanger e Persuasão. Fiquei um pouco revoltada ao descobrir o final de Razão e Sensibilidade, pois já está na estante - ali no meio dos livros não lidos, sabe, rs! - mas fiquei mais revoltada com a perda dessa grande obra.



Eu não cheguei no final, mas sei que se é uma biografia, então fala sobre a morte, e todos sabemos que ela já morreu. A não ser que haja alguém como minha cunhada, que ficou boquiaberta quando soube que Bob Marley morreu. Detalhe: ela soube ano passado por mim e por meu irmão! Cunha, sei que a notícia te abalou, mas tivemos que rir de você, sorry!!! Ahahahahahaahah... Bom, em 1817, com 41 anos, Jane começou a escrever a obra "Sanditon", mas teve de abandonar a escrita pois foi levada à Winchester para tratamento, porém, no dia 18 de julho faleceu tendo com suas últimas palavras: "não quero nada mais que a morte." Deixou tudo o que possuía para sua irmã Cassandra. Em sua lápide, não menciona que ela foi autora, porém após sua morte, seu irmão publicou suas memórias e então foi colocada uma placa dizendo que ela foi uma escritora e salientando que "She opened her mouth  with wisdom and her tongue is the law of kindness" (Ela abriu sua boca com sabedoria e em sua língua reside a lei da bondade). 

O livro não revela muito da vida de Jane, pois a própria autora do livro, Catherine Reef, diz que podemos conhecer muito sobre um famoso lendo suas cartas e diários, porém Jane não deixou nenhum registro. Após sua morte, praticamente todas as cartas foram queimadas, e poucos relatos existem, ou seja, a pequena grande autora, ainda é uma incógnita para o mundo. O filme "Becoming Jane" - Amor e Inocência em português - conta uma parte da história da autora com Anne Hathaway como Jane e James McAvoy como Lefroy, mas confesso que aprendi mais sobre ela no pequeno livro do que no filme. Interessante também é que na época georgiana, as mulheres não podiam herdar nada, apenas o filho mais velho, ou o parente homem mais próximo do pai. Vemos isso em Orgulho e Preconceito com a chegada de Mr. Collins na vida dos Bennet.
 Austen que antes não tinha dinheiro para nada e precisava morar com seu irmão devido a sua condição de mulher, passou a ganhar muito dinheiro com suas obras, e assim teve a oportunidade de desfrutar de algumas coisas que lhe foram negadas a vida toda.
Um fator interessante também são as fotos contidas no livro. A capa já fala por si: é a silhueta de Jane Austen encontrada em um dos poucos registros sobre ela. Outras curiosidades sobre vida e obra de Austen? Bem,  o filme "As Patricinhas de Berverlly Hills foi baseado em Emma, e agora em 2015 teremos no cinema uma versão macabra do meu livro favorito: Orgulho, Preconceito e Zumbis (oi?!?), e como Mr. Collins teremos ninguém menos que ele: Matt Smith - eterno 11º Doctor. Fiquei brava, o Mr. Collins é muito chato, e eu amo o Matt, snif, snif!!!

Pontos positivos: O livro é encantador! Cheio de imagens de filmes baseados nas obras de Austen, capa perfeita com a silhueta da autora, resumo de suas obras, vivacidade na escrita, o típico livro que pra quem é fã de literatura inglesa ou de biografias que não dá pra parar de ler, não dá pra respirar! E ele não tem aquela linguagem pesada que a literatura inglesa possuía antes. Ler Jane Austen é maravilhoso, mas demorei mais pra ler Orgulho e Preconceito - que é meu livro favorito da vida - do que as sete Crônicas de Nárnia, que também é literatura inglesa. As obras de Austen, Francis Burnett, as irmãs Brontë possuem aquela escrita típica da era georgiana, o que não me assusta, pois sou fã de Shakespeare que a escrita é da era vitoriana, mas é massante, eu confesso, é massante de ler - mas adoro mesmo assim. 
Ponto negativo: Foi impossível terminar de ler esse livro. Eu perdi no busão, lembra?!? E agora, vai levar um tempinho até eu comprar outro! Buááááááá.....

Bom, se eu puder dar uma boa dica de leitura, com certeza é essa: "Jane Austen - Uma vida Revelada." Pra quem curte biografia, essa é um ótima pedida! Pra quem não curte biografia, experimente ler essa, é uma ótima pedida! Pra quem não gosta de ler, que tal começar tentando com esse livro? É uma ótima pedida! Ou seja, em toda e qualquer circunstância, esse livro é uma ótima pedida!

Conheçam um pouco mais de Jane Austen, se apaixonem pela escrita dela, e quem ainda não leu, por favor, leia Orgulho e Preconceito e também se apaixone pelo Mar. Darcy e pelo espírito forte e heroico de Lizzie.



Galera, vou me despedindo por hoje, prometo não demorar tanto! Leiam, curtam, indiquem para seus amigos, comentem... Gosto muito das visitas e dos comentários de vocês! Tenham uma ótima noite, fiquem com Deus!
Goodbye Sweeties! 



sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Resenha #11 - Shada - Gareth Roberts

Hello Sweeties....
Tudo bem com vocês? Primeiramente: FELIZ ANO NOVO!!! FELIZ ANO TODO!!!

Nesse último mês estive lendo o livro Shada, de Garret Roberts. É que foi o seguinte: eu disse que não ia comprar livros até ler todos os parados. Mas eu não resisti e entre novembro e dezembro me dei dez livros e uma miniatura da TARDIS. E entre esses livros comprados, resolvi me dar uma "Aventura perdida de Douglas Adams", rs, o roteiro perdido/esquecido de Doctor Who.

Em Shada nós conhecemos Skagra, um terrível vilão que quer ser um tipo de deus e ter o controle mental do maior bandido de Gallifrey (planeta natal do Doctor). Junto com sua companion Romana e seu robô cão K-9, o Doctor vai até uma famosa universidade da Inglaterra para atender ao chamado de um velho amigo, o professor Chronotis, que roubou um importante artefato de seu planeta e agora eles precisam levar de volta. O problema é que Skagra também está atrás desse artefato, e ele trava uma bela encrenca com o Doctor e Romana.

Skagra consegue o artefato e usa Romana com sua sabedoria de Timelady para abrir a esquecida prisão - Shada - para retirar o maior bandido de todos os tempos.

Pontos positivos: Shada é uma aventura perfeita para qualquer Whovian. Tem as fases do temperamento bipolar do Doctor (e de Skagra também), e também podemos conhecer - para quem não conhece - a fofa Romana, que é o chão do nosso querido Doctor. Como coadjuvantes nessa bela aventura, temos além do professor, Clare e Chris, dois professores nerds da universidade.
Pontos negativos: Em alguns pontos a aventura se arrasta um pouco, mas dá pra entender perfeitamente, pois não é um roteiro de  livro, mas um roteiro para um arco da temporada. A aventura é com o 4° Doctor, o excêntrico sorriso largo, olhos arregalados e o cachecol que muitos Whovians copiaram para seus cosplays e tudo o mais.
Tentei não dar spoiler, afinal, quero que cada um leia.
O legal é que dá pra viajar muito com o Doctor. Eu já peguei carona com ele na TARDIS há dois anos, e nada me tira de lá, rs, mas viajar dessa maneira, uuuhhh.... Foi incrível! O roteiro é muito bem escrito, a história é ótima com seus pontos fofos, com seus pontos altos e com seus pontos baixos, mas isso todo livro tem. Não quero mais falar, porque hoje não estou fazendo resenha, apenas indicando o livro.
Então, amores, leiam Shada, se apaixonem pelo Doctor, viagem na TARDIS - que é maior por dentro do que por fora - e depois me digam o que acharam.

Espero seus comentários, ok???

Então, até a próxima, e prometo resenha para o próximo post, tá?

Good night Sweeties!

Beijos e feliz ano novo!