sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Conto: A Sombra de Dália - Mari Sales

    Ois, povo!

Espero que esteja tudo bem com vocês. Estou passando rapidinho hoje para falar sobre um conto fofo da autora Mari Sales que eu li rapidinho. Bora conhecer?

Imagem MLC
 SINOPSE: Ajudar a mãe na lanchonete Sabores da Margarida é a última coisa que Dália pensaria em fazer depois de concluir o ensino médio. Porém, depois de três anos nessa rotina, ela apenas aceitou seu destino de seguir os passos da mãe, que tanto ama e admira. Em uma madrugada, a mãe de Dália fica doente e ela precisa assumir a lanchonete sozinha. Focada apenas em trabalhar por duas, um cachorro abandonado aparece para lhe fazer companhia e desmistificar tudo o que sua mãe falou sobre ter um amigo peludo. Sombra, como ela o apelida, acaba mudando conceitos e trazendo muito mais do que uma amizade incondicional.

    Dália era uma jovem conformada com sua condição de vida. De classe baixa, a moça não tinha condições de fazer uma faculdade e já tinha aceitado isso. Sua mãe sempre deu muito duro para cuidar da moça, e ela era muito grata a tudo o que sua mãe sempre fizera por ela. Elas alugavam um espaço pequeno na rodoviária, onde serviam salgados feitos por elas mesmas, chegavam ainda de madrugadinha e saiam só tarde da noite. Após dois anos trabalhando incessantemente com a mãe, um dia Dália se viu indo trabalhar sozinha pelo fato de sua mãe ter ficado bem doente. Ao chegar na lanchonete, Dália se depara com um desconhecido cachorro na porta.

     Margarida - sua mãe - não suportava nenhum tipo de bicho de estimação, principalmente cachorros, e Dália acreditava sentir a mesma aversão, porém, assim que viu o peludinho em sua porta, por mais que tentou afastar o cão de sua porta, ele ficou ali postado como se fosse segurança até que a noite caiu, e Dália fechou as portas. Deu de comer para o bicho e foi embora, sendo seguida pelo animal até o ponto de ônibus. No outro dia, ao chegar na lanchonete, o cachorrão estava esperando por ela, novamente ficou lá o dia todo, e e ao sair, ele novamente a acompanhou até o ponto de ônibus, e com ele a seguia como se fosse uma sombra esse foi o nome que Dália escolheu para o cachorro: Sombra. Ao chegar no ponto de ônibus acompanhada por Sombra, algo inesperado aconteceu. Ou melhor, duas coisas inesperadas, e esses dois acontecimentos começaram a mudar drasticamente a vida de Dália.

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    Após um mês do ocorrido, Dália e Margarida estavam voltando para casa após um exaustivo dia de trabalho, Sombra apareceu novamente no ponto de ônibus e Dália fez uma escolha. Essa escolha a levou a fazer outra escolha, e como toda escolha tem consequências, as escolhas de Dália tiveram as suas. A princípio a destroçou, até ela entender o que tudo aquilo significaria, como afetaria sua vida e como as coisas procederiam a partir daquele momento, foram de grande aprendizado para Dália e todos aqueles que a rodeavam.

     Eu gosto da escrita da Mari, é rápida, prática, não fica enrolando nem fazendo firula, a situação acontece quando tem que acontecer e acaba quando tem que acabar, não tem essa de ficar embromando, e isso conta muito, não tem nada pior que ler um negócio que não vai pra frente. A Sombra de Dália é um conto curto, dá pra ler em uma sentada e ainda dá pra sentir um quentinho no coração.

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SOBRE A AUTORA: Mari Sales é mãe e esposa em tempo integral, analista de sistema durante o horário comercial e leitora assídua durante as noites e madrugadas. Nos intervalos entre suas vocações, procura escrever quase tudo o que vem à mente e resenhar os livros que lê. Entusiasta das obras nacionais de romance contemporâneo, contribui com esse universo literário através do blog Resenhas Nacionais e contribuiu, em 2017, com a publicação da obra Superando com Amor - livro que eu ainda tenho que ler, rs. 

Tive a oportunidade de conhecer a Mari no último dia de Bienal, ela já estava indo embora pra casa, cansadinha, mas, ainda me deu um abraço gostoso e um livro de presente. Nem gostei, né? Hahahahahah... 

Não sou o Olaf, mas, também gosto de abraços quentinhos...

    A Sombra de Dália - Mari Sales. Editora Cappia - (Selo Milão), 80 páginas.

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Beijooooo ^.~

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Conto: Baba Yaga e Vasilissa, a Bela – Alexander Afanasyev


     Olá, people!


    Hoje venho trazer a resenha de um conto de fada russo, presente enviado pra mim pela editora Wish. Todos os assinantes da Newsletter Wish recebem em primeira mão informações sobre as próximas publicações, e a Wish tem um diferencial: buscam contos e livros originais não traduzidos e nos apresentam estórias maravilhosas. Que tal passar lá no site e assinar também? É de grátis!

Imagem MLC

      O conto Baba Yaga e Vasilissa, a Bela é um conto de fadas russo e faz parte da coleção “Contos em Fadas em Suas Versões Originais” vol. 3, que pode ser adquirido diretamente pelo site da editora.

Bora pro conto?

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     Vasilissa (nome feminino de Basil, que significa rei, portanto, seu nome significa rainha), a Bela era a filha de um mercador viúvo que perdeu a esposa quando a filha tinha apenas oito anos, mas, antes de falecer, a mãe lhe deu de presente uma bonequinha de madeira com a seguintes orientações: que não mostrasse a boneca nunca a ninguém, apenas quando estivesse sozinha desse de comer e de beber para a bonequinha e se lamentasse, e que nuca deixasse a boneca longe dela. Após o luto, o pai se casou novamente com uma mulher cruel que queria apenas seu dinheiro e que juntamente com suas duas filhas, maltratava muito a menina. Lembraram de algum outro conto com esse mesmo enredo?

     Com o passar do tempo, a menina sempre que se sentia triste, colocava alimentos e bebidas na frente da boneca, que acendia os olhos, comia e bebia um pouquinho, ouvia as lamentações da menina e a consolava, além de lhe ajudar com as tarefas domésticas. Com o passar dos anos, apesar dos maus tratos sofridos por parte das outras mulheres, Vasilissa, a Bela, cada vez se tornava mais bela, e quando chegou na época de se casar, a madrasta afastava todos os pretendentes, bonitos, feios, pobres ou ricos, pois, não aceitava o fato de a caçula se casar primeiro. As coisas começaram a ficar difíceis e o pai da moça precisou ir até o czarado vizinho para tentar a sorte com suas mercadorias. Assim que o homem se foi, a esposa vendeu a casa e partiu com as três moças para uma casinha mais simples em outra cidade, casinha essa que ficava próxima a uma floresta, onde habitava uma Baba Yaga, uma velha bruxa. Lá a moça ainda era tratada como criada, e um dia, em uma armação das mulheres, ela precisou adentrar na floresta em busca de gravetos, em direção a casinha dessa Baba Yaga, e após uma longa jornada, finalmente chegou na casa da bruxa velha.

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     As coisas obviamente não deram muito certo, e a moça se tornou prisioneira da senhorinha, que não lhe maltratava, mas, obrigava que a menina realizasse trabalhos pesados para evitar que virasse jantar, porém, como Vasilissa tinha sua bonequinha sempre junto de si, podia dividir o fardo com aquele pequeno e rústico brinquedo de madeira. Alguns dias depois, Vasilissa conseguiu escapar dessa Baba Yaga e levar o que suas meio irmãs e madrasta pediram que ela fosse buscar, e ao chegar em casa descobriu que desde sua partida, nada funcionara direito naquela casa.

Vou encerrar por aqui para não dar mais spoiler, só garanto que o final é muito da hora. Assim como os contos de fadas originais, esse não é fofinho para agradar o público infantil, ao contrário, repleto de misticismo e trapaças. Fora que, gente, uma boneca que acende os olhos, come, bebe, fala e faz trabalhos domésticos? Misericórdia! Se eu tô perto de um ser inanimado, na hora que eu vejo os olhos brilharem em já saio correndo! Hahahahahah...

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     Interessante ressaltar, a tradutora colocou notas de rodapé para facilitar a leitura com frases comuns na Rússia e desconhecidas por nós, como na própria explicação do ser místico Baba Yaga. De acordo com a tradutora, “Baba Yaga é uma figura sobrenatural e folclórica, presente em diversos contos eslavos, representada como uma (às vezes com outras irmãs, por isso o uso de “uma” Baba Yaga) bruxa velha e feroz, que vive em uma casa construída sobre pés de galinha. A palavra “baba” ainda é usada como sinônimo de ‘avó’ ou ‘velha’ em línguas como búlgaro e romeno; no russo, ‘babushka’ (avó) deriva dela.”


Super recomendo!

Baba Yaga e Vasilissa, a Bela – Alexander Afanasyev. Conto de fadas russo original, editora Wish.
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Ah, para quem tem interesse, a editora Wish está com seleção de parcerias abertas, passa lá no site e veja se é a sua praia! ^.~ 


Beijooooo
Imagem da inteenet