quinta-feira, 24 de julho de 2014

Voltando das férias...

E aê povo, beleza?
Entrei de férias,  e automaticamente relaxei no blog também, entrei de férias do meu cantinho, ahahahah...

Enfim, já passou um tempão desde minha última postagem, e sei que estamos falando de livros que viraram filmes, alguns eu amei, outros detestei. Mas como estou retornando, não vamos falar de um livro especificamente, mas de como nos sentimos quando uma leitura nos prende.

                                         
Cada vez que eu leio algo que realmente me prende, minha concepção muda para muita coisa. Ou não. A leitura nos leva a lugares inimagináveis. No livro Coração de Tinta, a tia de Mo (ou Língua Encantada, como Dedo Empoeirado o chamava) fala para Maggie - a filha de Mo - que ela viajou para vários lugares do mundo e até mesmo para outros planetas, sem sequer sair de sua biblioteca. E essa é a mais pura verdade, pois temos a opção de viajar por todos os lugares, mundos, planetas sem precisar sair de casa. Ou pode estar em dois lugares ao mesmo tempo: no sofá e sei lá onde. Tenho tido umas análises meio nerds com outros leitores assíduos também, e é interessante notar como um livro pode te prender em um universo paralelo, pois você se torna parte da vida do personagem, você pode amar ou odiar o mesmo, pode deixar o mundo inteiro com raiva do seu ponto de vista, mas mesmo assim, a gente defende até a morte o personagem favorito e quer matar aquele que ama o mais detestável personagem. Pra quem já leu "As Crônicas de Nárnia - A Última Batalha" vai me entender. Gente, eu detesto aquele burro! Primeiro pelo fato do bicho ser burro mesmo, não só por ser o animal burro, mas por ser um animal burro. Entendeu?!? Não O animal burro, mas UM animal burro. Nárnia está em ruínas,  um macaco acha uma pele de leão e convence o burro a vestir a pele e se passar por Aslan. Todo mundo que eu conheço que leu esse livro tem pena do pobre burrinho. Eu não, ele era consciente, o macaco não o obrigou a fazer nada, ele o convenceu. Outro personagem detestável pra mim é o Gale de Jogos Vorazes. Eu poderia odiar o Snow ou a Coin, mas eles já se mostraram logo de cara. O Gale é desprezível, e minha amiga Quenia ainda tenta defender a honra dele, mas eu ainda permaneço a mesma: odeio o Gale. E a Catherine?? Gente, ler O Morro dos Ventos Uivantes pra mim foi tedioso demais, mas aguentar a manipuladora Catherine fazendo aquele songa-monga do Heathcliff de gato e sapato é cruel demais! Bom, são meus pontos de vista, muitas vezes quem você gosta pode não me agradar em nada, e vamos passar horas discutindo (né Quenia?), mas isso que é o legal, o intercâmbio que podemos ter e as ideias que podemos trocar.




Sabe, se você quer me ver ficar louca é me colocar dentro de uma livraria. O tempo que você achar que eu estou sem fazer nada, estou analisando títulos de todas as sessões (tá, nem de todas, porque não curto livros espíritas, autoajuda, psicologia, direito, administração nem nada que envolva Ciências Biológicas, Sociais ou Exatas... Caraca! Que que eu leio?). A sessão de literatura me come viva. Qualquer literatura eu gosto: infantil, infanto-juvenil, norte-americana, brasileira, africana, inglesa - minha paixão, na verdade - eu me perco por lá. Pior é quando a pessoa que vai comigo não é leitora nata, ou nem gosta de ler que fica enchendo o saco pra ir embora logo e não me deixa aproveitar meus momentos prazerosos. Fora que eu na livraria é uma coisa de louco! Muitas vezes até eu mesma tenho raiva de mim por não saber o que levar. Ou pior: querer ver todos os títulos e estar totalmente dura! Isso sempre acontece! Ahahahah... E é aí, nesse ponto que entra aquela maldição de todo leitor: comprar sempre mais um livro, mesmo que tenha um monte ainda não lidos... Vamos analisar a figura abaixo: 


Eu posso rapidamente responder todos esses tópicos. Quer ver só?


  • Eu tenho mais livros do que sapatos, quase não tenho tempo e arranjo pequenos intervalos para conseguir ler;
  • Tenho mais de 20 livros não lidos. Semana passada encomendei um e comprei outro;
  • Por muito tempo escrevi nos meus diários que o Mr. Darcy do Orgulho e Preconceito deveria existir, pois ele é a perfeição em pessoa. Agora ele está em segundo lugar, perdeu o posto pra um garoto de 16 anos: Peeta Melark - Jogos Vorazes. Gente, sou completamente apaixonada pelo Peeta, me casei com ele. Ele é a perfeição (não era o Mr. Darcy?) em pessoa, mas ele existe? Não, apenas saiu da imaginação da Suzanne Collins, e me deixou chupando dedo e querendo o Peeta pra mim;
  • O livro A Última Música do Sparks acabou comigo, me destruiu de verdade. A história da Ronnie é extremamente parecida com a minha. A parte dela com o pai, não o romance. Temos histórias parecidas com nossos pais;
  • Me imaginei tributo em Jogos Vorazes, me imaginei a Hermione no último livro do Harry Potter, me imaginei como Thalia na batalha contra Cronos...
  • E falando em Cronos, me considero uma meio-sangue. Muitas vezes eu realmente acho que meu cérebro lê em grego antigo, rsrsrsrs...
  • E ninguém me entende! Minha mãe, meus irmãos, meus sobrinhos, todos acham que tenho parafusos soltos por preferir um bom livro a ficar assistindo televisão.
Chega, né? Post enorme esse... Pra finalizar, um livro, ou um personagem pode mudar nossa vida. Depois de Jogos Vorazes, notei como sou parecida com a Katniss e como ela me mudou. Essas mudanças podem ser boas. Mas sejamos prudentes: tudo em excesso é prejudicial! Mas enquanto conseguimos nos controlar e não entramos nos universos paralelos das letras de cabeça e mente completa, vamos nos divertir lendo. Vou sair daqui e ler um pouco. 
Beijinhos...






Eu na Livraria Cultura - SP.

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