domingo, 5 de outubro de 2014

Eleições...

Hey people, tudo bem com vocês?
Eu estou médio... No dia 30 de setembro eu caí. E foi ridículo! vou contar o que aconteceu:
Tive reunião pedagógica na escola que trabalho na parte da tarde e estava agoniada pra voltar pra casa. ou melhor, pra voltar pra minha cidade, pois em terças e quintas são minhas aulas de dança do ventre ("Habib, habib"...) e eu estou aprendendo a dançar o Derbak (se é que é assim que se escreve, rs!) e estou super empolgada com as minhas aulas. Ainda não  estou no nível da Jade (Giovanna Antonelli em O Clone), mas eu chego lá um dia - eu acho, ahahahahah!!!

Mas a reunião acabou tarde e depois de uma longa hora dentro do busão, finalmente cheguei em Ibiúna. Minha amiga Alessandra estava na minha casa passando uns dias e queria assistir minha aula -  na verdade ela queria tirar um sarro, estava louca pra ver a dureza aqui dançando, rs! - e eu estava quarenta minutos atrasada, mas mesmo assim fui pra aula. Foi ótimo, queimei calorias, deixei o stress de lado e voltamos pra casa felizes. Cheguei em casa e não achava a minha chave e tive a ideia mais óbvia do mundo: pular o portão e chamar minha mãe! Sempre faço isso. Sempre sou cuidadosa... só que dessa vez não fui tanto. Enrosquei meu pé no portão, caí, bati o joelho e tive uma luxação forte. Fui pro hospital e o médico mineiro - lindo -  me tratou muito bem - o que é um fato histórico aqui em Ibitown, uma vez que raramente tem médico, e raramente a máquina de raio - x funciona. Dei sorte, acho. Três dias de atestado em pleno encerramento de bimestre. Vamos melhorar isso? Quarta-feira, dia 01 de outubro. Amanheci com uma dor de garganta horrível e piorei durante o dia. Tosse, febre, dor, muita dor... A gripe me pegou feio! Tudo bem, já que estou de atestado mesmo a gripe vai ter que se curar junto com o joelho. 

E hoje, dia de eleições. Estou aqui esperando meu cunhado me levar para votar, para participar da "Festa da Democracia". Era pra eu ser mesária, fui convocada, mas consegui me livrar, ainda bem, não queria ficar o dia todo trabalhando e ainda mais com a perna machucada. Festa da Democracia... interessante esse nome. Fui CONVOCADA para a Festa da DEMOCRACIA e se eu me NEGASSE eu seria PROCESSADA. Mas, espera aí, não é uma DEMOCRACIA? Se é democracia, porque sou obrigada a fazer certas coisas? Enfim, consegui que outra pessoa me substituísse nas urnas, então, essa parte da democracia em que sou obrigada a trabalhar pra não ser processada eu me livrei. Agora tem a parte mais importante da democracia, aquela em que sou obrigada a votar. Sabe o que eu acho? De verdade? Que se nosso país não fosse tão ridicularizado pelas pessoas que colocamos lá em cima, todo nós teríamos orgulho de participar de tais festas. Não querendo criticar ninguém, mas já criticando, quem aceita e coloca candidatos como Tiririca está mostrando não uma forma de protesto, mas, mostra que não se importa com o país. E ainda se acha no direito de reclamar? Tudo bem, sorry, não acho ético falar abertamente os nomes dos candidatos e condeno os que expõem outros durante as propagandas eleitorais. Mostre seu trabalho bom ao invés de criticar o mau trabalho dos outros. Exalte os pontos positivos de suas ideias, e não os pontos negativos dos outros. Imagine se todos votassem com a mesma força que protestam? Porque medo de protestar, de bater nos jornalistas, enfrentar policiais, isso ninguém tem, são umas feras, uns leões. Em compensação, na hora de votar, a carapaça de besta-fera desaparece e o que vem? Um cérebro de minhoca! 

Eu ia comparar o post de hoje com um livro, obviamente, mas desisti. Essa será uma postagem sem livros. Sem dicas, sem comparações. Mas de conscientização. Gente, não vamos ser uns zés - manés que pulam o portão ao invés de chamar a pessoa que tem a chave. Vamos abrir os portões da maneira correta. O Brasil é um país lindo, com belezas naturais maravilhosas, as praias mais bonitas do mundo (tanto que tem um monte de estrangeiro morando aqui, procurando por elas). O meu país é um país que possui liberdade religiosa, cada um pode adorar em seu templo, possui liberdade de expressão, onde cada um pode ser o que quiser. Possui hospitais públicos, que por mais gritante que esteja a situação do país, todos têm direito a usufruir deste benefício, coisa que em outros países você só pode ser atendida se tiver plano de saúde. Meu país tem uma mulher na presidência, uma mulher que não fez nada, é verdade, mas ainda assim, um país que valoriza a mulher, enquanto em outras culturas a mulher é tratada como inferior. Vivemos em regime presidencialista, enquanto em alguns países o parlamentarismo é tirano em muitas situações. Então, se meu país possui tanta coisa boa pra mim, porque vou fazer coisas que não vão levá-lo pra frente? Precisamos ter ATITUDE. Esquece essa de votar em fulano porque o arroz ficou mais barato. Não vamos ter cérebro de minhoca, gente, vamos ser aqueles leões que fomos durante os protestos. Não arrotamos falando que não queremos isso ou aquilo? Então, vamos manter essa atitude, essa cabeça erguida, de povo humilde, mas não de povo estúpido. Vou almoçar e fazer a minha parte na "Festa da Democracia". Consciência, gente. Não precisamos ser contra a Seleção Brasileira, precisamos ser contra a Corrupção Brasileira. Afinal, não sei vocês, mas quando eu escuto as frases "És belo, és forte, impávido, colosso, e o teu futuro espelha essa grandeza", eu tenho vontade de chorar. Afinal, de todas as letras de todos os hinos nacionais, desculpa, mas o nosso é o mais bonito. Então, vamos cuidar dessa nossa Terra adorada, afinal, "Entre outras mil, és tu Brasil, oh Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!"
Votem com consciência! Eu vou faze minha parte, e você?
Ah! E prometo que assim que eu me esquecer da chave novamente, pularei o portão de novo, mas tomarei mais cuidado da próxima vez, ahahahah...


sábado, 30 de agosto de 2014

Conto: As Cerejas - Lygia Fagundes Telles

Boa noite amantes literários, tudo bem?

Essa semana eu tive vontade de ler algo diferente, e fuçando umas coisas sem importância, eu me lembrei de três contos de Lygia Fagundes Telles que li anos atrás e fui procurar. Claro que precisei compartilhar isso com vocês. Hoje vou postar apenas um, mais pra frente eu falo sobre os outros. Vocês já leram "As Cerejas"?
Esse conto é G-E-N-I-A-L!!! Eu comecei a ler super empolgada e no final eu estava mais empolgada ainda e fique bem pensativa. Pra quem nunca leu, vou contar um pouquinho da história e tentar não soltar nenhum spoiler.
A narradora é a personagem principal da história e seu nome não é revelado. Ela conta que estava na casa da Madrinha e que uma tia que morava na Europa tinha vindo passar uma temporada na casa da irmã, e um primo da menina também tinha vindo. Ela era encantada com a beleza peculiar de sua tia, e a tia tinha em seu decote um broche no formato de duas cerejas. O primo - Marcelo - era calado, bem na dele, não falava muito e aparentemente não gostava de pessoas, preferia passar as horas montado em seu cavalo, andando pra cima e pra baixo e deixando a Madrinha louca de preocupação.
Ao decorrer do conto nós vamos vendo coisas interessantes se desenrolando: a menina se apaixona por Marcelo, mas a gente só nota quando a autora permite. Isso é fantástico em Telles, ela consegue fazer o leitor pensar o que ela quer que ele pense! Os três contos dela que li foram exatamente assim: só desconfiei quando ficou óbvio. Ou eu sou uma porta, sei lá (isso é bem possível, ahahah...), vai que...
Podemos notar alguns símbolos de erotismo envolvidos nessa obra também. A menina deixa bem claro que a tia exibia as cerejas em seu farto decote, e que toda vez que elas falavam do jovem Marcelo, a tia molhava os lábios com a ponta da língua... Não sei vocês, mas aqui na minha cidadezinha interiorana, se alguém molha os lábios com a ponta da língua em sua direção é porque já quer, rs! E o decote? Só mulheres na casa e um adolescente, o decote seria realmente pelo calor excessivo que a tia alegava? Além do que, cerejas de vermelho vivo, se não me engano, o vermelho é a cor da paixão, né? Então, a tia Olívia colocava frutas de cera com a cor da paixão em um decote exibindo seus fartos atributos e molhava os lábios com a ponta da língua por causa do calor? Desculpas plausíveis: o calor rachava os lábios, então ela os molhava com frequência, e o decote era devido o mormaço angustiante, e já que não podia andar mais a vontade por ter um rapazinho em casa, uma simples saliência na blusa já adiantava... Mas e as cerejas?
Resumindo: Tia Olívia, a senhora é uma safada! Ahahahah... Não vou falar mais, gente, senão vou falar demais!!! Só posso dizer uma coisa: vai manter todos os que lerem entretidos até o fim. A linguagem é leve, solta, descontraída, com algumas partes engraçadas, outras um tanto quanto dramáticas, bem ao estilo literário da época da autora, ou seja, atualmente, haha. Na próxima eu vou falar um pouco sobre um segundo conto fantástico dela que eu também li. E viram que eu quase não soltei spoiler? Ahahah, estou aprendendo...
Procurem no Google o conto "As Cerejas" e comentem depois o que acharam. Podem acompanhar nesse link direto:
http://leiadevez.blogspot.com.br/2010/08/lygia-fagundes-telles.html 

As Cerejas - Lygia Fagundes Telles.
Boa noite, gentemm, fiquem com o Eterno...
Beijoooo...

domingo, 24 de agosto de 2014

Resenha #8 - Uma Curva na Estrada - Nicholas Sparks

Boa noite, gentemmm...
Primeiro de tudo: hoje eu fiquei mais velha! Entrei pra terceira idade e estou meio que em depressão devido a isso, mas eu vou sobreviver, ahahah... Então, trouxe meu cachorro favorito com um bolo pra dividir com vocês! Obrigada por acompanharem meu cantinho! :)

Vamos falar um pouco sobre uma obra maravilhosa do meu autor favorito, Nicholas Sparks: "Uma Curva na Estrada". Gente, eu amo Sparks. Eu sempre falo que ele tem uma sensibilidade que poucos autores possuem. Todas as obras dele que eu já li (até que já foi um número razoável de livros, por assim dizer) noto que ele escreve de uma forma tão real que além de nos fazer crer que a estória é verdadeira nos deixa muito pensativos. Perguntas como "até onde eu iria por um amigo?" ou "posso realmente perdoar?" são muito frequentes, nos colocam pra pensar. Na minha sala do 8º vários alunos leram ou estão lendo "A Última Música" dele, e cada um sempre tem algo novo pra acrescentar. Mas voltando ao assunto, vou tentar falar do livro sem dar muito spoiler, ok?
 O livro conta três histórias paralelas: Miles Ryan é um subxerife de uma cidade da Carolina do Norte (óbvio!) e está viúvo há dois anos. Ele cria seu filho de oito anos Jonah que está tendo problemas na escola devido a falta que sente da mãe e a ausência inconsciente do pai. Sua professora, Sarah Andrews se apega ao menino e decide lhe dar aulas extras três vezes por semana. Sarah morava em uma cidade grande, era casada com Michael e aparentemente muito feliz. Porém, ao descobrir que não podia ter filhos seu esposo passou a rejeitá-la; e após o divórcio ela vai morar na mesma cidade que seus pais, e vai dar aulas na escola de Jonah. Fica bem claro logo de cara que Sarah e Miles vão se envolver, já no terceiro ou quarto capítulo do livro isso já fica a mostra. A terceira pessoa, é o assassino de Missy - esposa de Miles. Missy saiu pra correr uma noite e foi atropelada. Miles tinha certeza que havia sido um assassinato, a pessoa que dirigia o carro porém dizia ter sido um acidente. Pela primeira vez li um livro de Sparks que saiu um pouco do romance meloso água com açúcar (que eu gosto, é verdade, rs) para algo um pouco mais misterioso. O desenrolar da história vai deixando o leitor cada vez mais ávido para saber quem é o cara que matou Missy, que lógico, a identidade é revelada já bem ao final do livro. Eu desconfiei de quem seria o cara por um mero detalhe que achei intrigante no meio do livro, e lá no final se confirmou. No capítulo que revela a identidade do indivíduo já se sabe quem é pela deixa do último parágrafo do capítulo anterior.
Confesso que não foi o mais bonito dos livros dele, pra mim A Última Música e Querido John não tem pra ninguém, mas esse é um daqueles livros gostosos de ler e que te prendem nas páginas do início ao fim. Com certeza recomendo!
"As vezes, quando se busca o amor, primeiro é preciso encontrar o perdão!" - Nicholas Sparks.

Uma Curva na Estrada - Nicholas Sparks. Recomendadíssimo!!!

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Abstinência...

Boa noite, galera! Tudo bem com vocês?
Desculpem a demora, estive um pouco deprê... Sabe como é, esse clima de Dia dos Pais quando não se tem mais um pai não é muito bom... e ainda por cima, com as primeiras provas do terceiro bimestre mais o Adventure School Conhecimento (olimpíada de língua portuguesa com um nome bonito, rs!) chegando, minha cabeça está a mil!! Mas separei um tempinho para passar aqui no meu cantinho!
Fiquei muito feliz, lisonjeada e comovida semana passada, quando a mãe de um de meus alunos disse que é frequentadora assídua do Blog e que está adorando as dicas de livros que eu passo. Espero nunca decepcionar ninguém. Mas caso isso aconteça, será bom, afinal, tudo que é pro crescimento é válido, certo? 


Hoje quero falar um pouquinho sobre algo interessante que acontece com leitores assíduos assim como nós: quando aquele livro que te pegou de jeito acaba! Ôh, tristeza do Jeca! Meu, já fiquei muito mal devido algumas leituras que fiz. Me lembro de quando estava no 2º colegial e precisava fazer uma resenha de um livro de Machado de Assis, e escolhi Helena. Enquanto eu terminava o livro e iniciava  o trabalho simultaneamente, minha sobrinha mais velha estava assistindo Cidade dos Anjos. Vantagens de mulher: conseguir fazer várias coisas ao mesmo tempo e prestar atenção em tudo. Estava achando o livro maravilhoso e o filme perfeito e comecei a chorar. Falei pra Mika (minha sobrinha) que o livro era lindo, perfeito, maravilhoso e fiz a resenha com lágrimas, até que minhas lágrimas duplicaram porque a Meg Ryan morreu no filme e não ficou com o Nicolas Cage. Ops! SPOILER!!!
Enfim, me senti a própria Helena do livro. Foi o primeiro livro que me fez chorar, eu tinha dezesseis anos e não achava que fosse possível chorar em um livro. Depois não parei mais! Hoje não sei dizer em quantos livros chorei!

Mas e aquele livro especial que acabou, o que fazer? Eu desenvolvi uma tática: ler de novo e encontrar alguém que também leu e falar até enjoar! Esse ano já aconteceu isso comigo.

Ano passado eu assisti Jogos Vorazes - prometo falar de cada um mais detalhadamente em breve - e, obviamente, pra variar, descobri depois de assistir que era um livro e fiquei doida pra ler, mas não achava por nada! Totalmente esgotado! Encomendava por catálogos, entrava no Submarino e nada, sempre esgotado. Quando eu desisti, um dos catálogos me enviou. Devorei os livros em oito dias. O terceiro pra ser bem específica, eu comecei dois minutos após terminar o segundo. Foi o tempo de tirar um do box e colocar outro. Nesse meio tempo, minha amiga Quenia também comprou e começou a ler quando eu terminei a trilogia. Li mais dois livros após o término, mas a Quenia falava tanto comigo sobre os livros, e eu estava passando por uma fase de abstinência de Jogos que o que que eu fiz (credo, quanto "que")? Li de novo! Quando comecei a ler novamente, ela estava no terceiro. Eu demorei mais, encontrei detalhes que não tinha prestado atenção na primeira vez, e quando eu terminei, a Quenia ainda não tinha terminado. Ela ainda levou quase mais um mês. Só que uma coisa que não contei: nesse meio tempo que li outros antes de ler os Jogos de novo, eu lia praticamente todos os dias meus trechos favoritos dos livros. Deu até pra discutir temas atuais como: política, tirania, a lei do mais forte, mulher sexo frágil, psicologia... Foi divertido! Só que agora passou! Não vou dizer que enjoei, porque sei que ainda vou pegar novamente e ler os melhores trechos de novo... Minha missão agora é ajudar a Quenia a sair da "arena" e voltar pra realidade, pois ela está passando pela abstinência dos Jogos!
Ah! Detalhe: não assisti os outros filmes dos Jogos e não pretendo. Afinal, os livros são tão bons que não quero corromper isso...

Alguém além de mim e da Quenia já passou por isso? Por favor, quero ouvir vocês, quem não quiser comentar aqui, o post vai pro Google +, pode comentar por lá! Agora vou terminar meu plano de aula, mas não sem antes contar um mico que paguei hoje: estou lendo "Uma Curva na Estrada", de Nicholas Sparks, e quando estava no ônibus indo de uma escola pra outra, eu estava em uma parte bem gostosa e engraçada da história. E nós leitores que entramos nos livros, partilhamos das mesmas sensações que as personagens, certo? Adivinha o que eu fiz? Isso mesmo! Comecei a rir parecendo uma retardada no ônibus. O moço que estava ao meu lado até se levantou, só não sei se ele desceu ou se foi pra outro lugar me achando louca, mas sinceramente? Nem quis ver pra onde ele foi, minha leitura estava ótima!

Vou me despedindo por hoje, um beijo Sweeties! Quero mandar um beijo especial para minha amiga Quenia, que falei tanto dela hoje, para minha sobrinha Mika e para todos os que curtem meu cantinho. E ao futuro professor Marcos Apolo Junior, meu amigo do Google +, obrigada por sempre passar por aqui!

Beijoooo...

sábado, 2 de agosto de 2014

Resenha #7 - A Imperatriz dos Etéreos - Laura Gallego García


Boa noite, povo fófis...

No final do ano passado eu ganhei o seguinte livro da minha amiga Eliane: "A Imperatriz dos Etéreos". Alguém aí já ouviu falar desse livro? Porque eu nunca! Enfim, ela gostou da capa e resolveu ler a sinopse e achou a minha cara e me deu de presente. Quando recebi fiquei feliz pelo simples fato de ser um livro, mas não neguei quando ela me perguntou se eu já conhecia. Nem que eu quisesse eu conseguiria dizer que já tinha ouvido falar, pois tive a capacidade de ler "A Imperatriz dos Héteros", ahahahahah! Nunca tinha ouvido falar nem na autora pra se ter uma ideia. Enfim, coloquei o livro na fila de espera, afinal eu estava lendo a saga "Heróis do Olimpo" - ainda aguardando o quinto e último livro - e não podia parar pra ler outro. Terminei de ler o quarto livro da saga e fui emendando, comprando, lendo ou colocando outros na fila de espera. Esses dias atrás a Eliane me perguntou se eu já tinha lido o presente dela. Vergonhinha.... 0,0

Enfim, terminei de ler O Grande Gatsby no dia 31 de julho e resolvi logo no dia 01 de agosto começar outro, e peguei esse, afinal, o máximo que poderia acontecer era eu achar uma droga e postar uma crítica negativa aqui no meu cantinho. Assim que comecei a ler, de cara me identifiquei com a protagonista, que é alguém que não consegue segurar a língua - quando nota já saiu e já ofendeu. Bem típico de mim isso, mas estou mudando, graças a Deus. Li dentro do ônibus indo de um trabalho pro outro (afinal sou como o Julius - Todo Mundo odeia o Chris - e tenho dois empregos, ahahah... ) por alguns minutos apenas, estava com muito sono e dormi o restante do caminho. Nesses quinze ou vinte minutos, li quase setenta páginas. Nem eu sei como li tantas páginas em tão pouco tempo, mas não quis mais ler no dia. No outro dia (02 de agosto) eu terminei de ler. É sério! Ontem quando eu peguei de novo, a história começou a ficar muito interessante e eu não quis parar mais. 

O livro conta a história de uma garota chamada Bipa e de seu amigo de infância Aer. Eles viviam em Cavernas e não conhecem o mundo como conhecemos, a narração da autora é como se nós fossemos os ancestrais daquele povo. Eles não conhecem o sol, as estrelas, o mar, apenas o gelo... E dizem que após as montanhas bem longe, vive uma Imperatriz em um palácio deslumbrante e que quem vive lá não sente mais fome, frio, medo, não sente mais nada... Aer quer porque quer sair das Cavernas e encontrar o palácio da Imperatriz, e um dia ele realmente vai. Todos ficam preocupados, fazem grupos de resgate e como Aer não aparece, as pessoas acham que ele morreu, até que um dia ele volta sem mais nem menos. Muito fraco, mas deixa claro que só veio para provar para Bipa que existe vida fora das Cavernas. E um dia, Aer some de novo, e Bipa que se sente responsável por sua partida, resolve ir atrás dele, afinal "é preciso ser muito idiota e cabeça de vento para atravessar as geleiras, mas se o inútil do Aer conseguiu, eu também consigo!". E assim, Bipa parte em busca de Aer rumo ao desconhecido. Ela enfrenta grandes aventuras, conhece pessoas - e gólens - muito ruins, mas também conhece uma pessoa -  e uma gólem - que realmente se importam com ela, e ainda por cima, totalmente sem querer acaba criando um gólem para ela que se torna seu fiel escudeiro. Resumo da ópera: 
A- D - O - R- E - I o livro! É muito tocante, mostra uma história cheia de fantasia, armadilhas da vida e boa vontade. Totalmente surreal (juro que identifiquei um pouco com alguns episódios do Doctor Who, rs!), muito bem escrito, uma narrativa gostosa que prende a atenção e deixa um gostinho de quero mais.

E deixa também uma pergunta na sinopse para nós? "Até onde você iria por um amigo?"
A Imperatriz dos Etéreos (e não dos Héteros, ahahah) - Laura Gallego García.







quinta-feira, 31 de julho de 2014

Resenha #6 - O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald

Boa noite, gentemmm...
Bom, falando de um livro que virou filme, mas esse eu já sabia que era livro há muito tempo.

Comecei a ler O Grande Gatsby na semana passada, mas li só um dia. Essa semana resolvi ler pra valer e em dois dias eu encerrei a leitura. E vou te contar: SHOW DE BOLA!!!
Já assisti diversos filmes onde eles falam desse livro ou fazem festas e se fantasiam com esse tema e nunca tive curiosidade pra ler, sinceramente, achava que deveria ser um livro fútil e sem nexo. Mas após ler, confesso que me surpreendi. Sabe da maior? Comprei o livro por falta total de opção. Fui na livraria Nobel e estava dando uma olhadinha nas novidades e nada me interessou. O Grande Gatsby já vinha me perseguindo desde o final do ano passado, e por muitas vezes eu li a sinopse, mas nada me chamava a atenção. Lá na Nobel, vi o livro bonitinho, edição bilíngue, capa de luxo (uma capa dura e uma capa protetora) e com os atores do filme na capa, provavelmente o poster do cinema. E tudo isso por apenas R$30,00. Não pude recusar a oferta e comprei, só que assim que saí da livraria pensei: "que droga que eu fiz? Nem tenho vontade de ler esse livro e tenho ao menos uns 20 na fila de espera... Meleca!" Por fim, quando comecei a ler, não parei mais.

Fico pensando em como Fitzgerald era... Será que ele conhecia pessoas tão fúteis que inspiraram o livro? Porque é bem isso que a história relata, pessoas fúteis que fazem tudo por dinheiro, status e para conseguir o que querem. Menos Carraway, inteligente, perspicaz e doce.
A história começa com a mudança de Nick Carraway pra West Egg. Mora em uma casa humilde ao lado de uma grande mansão, onde todos os fins de semana acontecem festas que duram a noite toda com as pessoas mais bem quistas - e mais fúteis -  da alta sociedade. 

Nick é primo de Daisy que é casada com Tom Buchanan que é amante de Myrtle Wilson que é irmã de Catherine que foi em uma festa na casa de Gatsby que foi namorado de Daisy que é prima de Nick. Entendeu mais ou menos? Hihihih... 

Cinco anos atrás, Gatsby e Daisy eram namorados. Ele estava na guerra e precisou se afastar de Daisy, e ela pelo fato de não entender suas obrigações pátrias resolveu se casar com outro homem. Tom era um jogador de polo desses bem arrogantes que acreditam que o dinheiro compta tudo. Tinha uma amante - Myrtle Wilson, casada com um mecânico amigo de Tom - que não suportava sua vida, nem seu marido, que nunca suspeitou das traições da mulher. Gatsby dava muitas festas na esperança de que um dia Daisy aparecesse em uma delas e nesse meio tempo se tornou amigo e confidente de Nick Carraway, seu vizinho e primo de Daisy. 




O mais bonito no livro, o que me encantou de verdade foi a verdadeira amizade que surgiu entre Nick e Gatsby, e se for parar para fazer uma análise, Nick era o único amigo de Gatsby. O mais leal, o que nunca duvidou, o que sempre o defendeu, e o que esteve ali quando foi necessário. Fico pensando o quanto posso realmente ser leal a um verdadeiro amigo...

A Daisy era um ser retardado! Acho que toda a inteligência que ela possuía ficou no útero da mãe. Uma pessoa que se preocupava apenas com o status, dinheiro e aparências. Era melhor estar casada com um cara rico por causa do status e sobrenome, do que ficar com o homem que ela realmente amava. Tudo bem, não sou a favor de trocar o certo pelo duvidoso, mas quando ela aprontou uma das boas, quem pagou o pato? O pobre - pobre nada, podre de rico, mas vocês entenderam, rs! -  Gatsby!  E quem foi o fiel escudeiro que permaneceu ao lado de Gatsby sem esperar nada, até o fim? O pobre - literalmente - Nick.

Confesso que não chorei no final do livro por um único motivo: estava esperando minha irmã sair da faculdade e tinha um monte de gente perto, mas tive vontade. Ou talvez porque só tenha tido vontade mesmo, mas não o suficiente para as lágrimas verterem, porque "Querido John" eu estava no pátio com meus alunos na hora do intervalo e quase morri de chorar. E teve um outro que não me lembro qual foi, mas eu chorei no ônibus... Então realmente, faltou algo ali para soltar aquela lagrimazinha presa no canto do olho. Mas hoje posso dizer a razão pela qual as pessoas adoram esse livro e dizem que o autor era um gênio: porque é bom demais! Muito bem escrito, em uma linguagem calma, culta, sob um cenário de uma Nova Iorque da década de 20 com o jazz rolando a solta... realmente, um clássico!

Fica aí então a minha dica, vale muito a pena! Entrou para a lista dos melhores lidos esse ano!

O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald. Recomendadíssimo!!!

Boa noite, people, beijoooo.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Voltando das férias...

E aê povo, beleza?
Entrei de férias,  e automaticamente relaxei no blog também, entrei de férias do meu cantinho, ahahahah...

Enfim, já passou um tempão desde minha última postagem, e sei que estamos falando de livros que viraram filmes, alguns eu amei, outros detestei. Mas como estou retornando, não vamos falar de um livro especificamente, mas de como nos sentimos quando uma leitura nos prende.

                                         
Cada vez que eu leio algo que realmente me prende, minha concepção muda para muita coisa. Ou não. A leitura nos leva a lugares inimagináveis. No livro Coração de Tinta, a tia de Mo (ou Língua Encantada, como Dedo Empoeirado o chamava) fala para Maggie - a filha de Mo - que ela viajou para vários lugares do mundo e até mesmo para outros planetas, sem sequer sair de sua biblioteca. E essa é a mais pura verdade, pois temos a opção de viajar por todos os lugares, mundos, planetas sem precisar sair de casa. Ou pode estar em dois lugares ao mesmo tempo: no sofá e sei lá onde. Tenho tido umas análises meio nerds com outros leitores assíduos também, e é interessante notar como um livro pode te prender em um universo paralelo, pois você se torna parte da vida do personagem, você pode amar ou odiar o mesmo, pode deixar o mundo inteiro com raiva do seu ponto de vista, mas mesmo assim, a gente defende até a morte o personagem favorito e quer matar aquele que ama o mais detestável personagem. Pra quem já leu "As Crônicas de Nárnia - A Última Batalha" vai me entender. Gente, eu detesto aquele burro! Primeiro pelo fato do bicho ser burro mesmo, não só por ser o animal burro, mas por ser um animal burro. Entendeu?!? Não O animal burro, mas UM animal burro. Nárnia está em ruínas,  um macaco acha uma pele de leão e convence o burro a vestir a pele e se passar por Aslan. Todo mundo que eu conheço que leu esse livro tem pena do pobre burrinho. Eu não, ele era consciente, o macaco não o obrigou a fazer nada, ele o convenceu. Outro personagem detestável pra mim é o Gale de Jogos Vorazes. Eu poderia odiar o Snow ou a Coin, mas eles já se mostraram logo de cara. O Gale é desprezível, e minha amiga Quenia ainda tenta defender a honra dele, mas eu ainda permaneço a mesma: odeio o Gale. E a Catherine?? Gente, ler O Morro dos Ventos Uivantes pra mim foi tedioso demais, mas aguentar a manipuladora Catherine fazendo aquele songa-monga do Heathcliff de gato e sapato é cruel demais! Bom, são meus pontos de vista, muitas vezes quem você gosta pode não me agradar em nada, e vamos passar horas discutindo (né Quenia?), mas isso que é o legal, o intercâmbio que podemos ter e as ideias que podemos trocar.




Sabe, se você quer me ver ficar louca é me colocar dentro de uma livraria. O tempo que você achar que eu estou sem fazer nada, estou analisando títulos de todas as sessões (tá, nem de todas, porque não curto livros espíritas, autoajuda, psicologia, direito, administração nem nada que envolva Ciências Biológicas, Sociais ou Exatas... Caraca! Que que eu leio?). A sessão de literatura me come viva. Qualquer literatura eu gosto: infantil, infanto-juvenil, norte-americana, brasileira, africana, inglesa - minha paixão, na verdade - eu me perco por lá. Pior é quando a pessoa que vai comigo não é leitora nata, ou nem gosta de ler que fica enchendo o saco pra ir embora logo e não me deixa aproveitar meus momentos prazerosos. Fora que eu na livraria é uma coisa de louco! Muitas vezes até eu mesma tenho raiva de mim por não saber o que levar. Ou pior: querer ver todos os títulos e estar totalmente dura! Isso sempre acontece! Ahahahah... E é aí, nesse ponto que entra aquela maldição de todo leitor: comprar sempre mais um livro, mesmo que tenha um monte ainda não lidos... Vamos analisar a figura abaixo: 


Eu posso rapidamente responder todos esses tópicos. Quer ver só?


  • Eu tenho mais livros do que sapatos, quase não tenho tempo e arranjo pequenos intervalos para conseguir ler;
  • Tenho mais de 20 livros não lidos. Semana passada encomendei um e comprei outro;
  • Por muito tempo escrevi nos meus diários que o Mr. Darcy do Orgulho e Preconceito deveria existir, pois ele é a perfeição em pessoa. Agora ele está em segundo lugar, perdeu o posto pra um garoto de 16 anos: Peeta Melark - Jogos Vorazes. Gente, sou completamente apaixonada pelo Peeta, me casei com ele. Ele é a perfeição (não era o Mr. Darcy?) em pessoa, mas ele existe? Não, apenas saiu da imaginação da Suzanne Collins, e me deixou chupando dedo e querendo o Peeta pra mim;
  • O livro A Última Música do Sparks acabou comigo, me destruiu de verdade. A história da Ronnie é extremamente parecida com a minha. A parte dela com o pai, não o romance. Temos histórias parecidas com nossos pais;
  • Me imaginei tributo em Jogos Vorazes, me imaginei a Hermione no último livro do Harry Potter, me imaginei como Thalia na batalha contra Cronos...
  • E falando em Cronos, me considero uma meio-sangue. Muitas vezes eu realmente acho que meu cérebro lê em grego antigo, rsrsrsrs...
  • E ninguém me entende! Minha mãe, meus irmãos, meus sobrinhos, todos acham que tenho parafusos soltos por preferir um bom livro a ficar assistindo televisão.
Chega, né? Post enorme esse... Pra finalizar, um livro, ou um personagem pode mudar nossa vida. Depois de Jogos Vorazes, notei como sou parecida com a Katniss e como ela me mudou. Essas mudanças podem ser boas. Mas sejamos prudentes: tudo em excesso é prejudicial! Mas enquanto conseguimos nos controlar e não entramos nos universos paralelos das letras de cabeça e mente completa, vamos nos divertir lendo. Vou sair daqui e ler um pouco. 
Beijinhos...






Eu na Livraria Cultura - SP.