quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Resenha #67 : Hulk Contra o Mundo - Greg Pek & John Romita Jr.

     Hello, Sweeties!

E hoje, finalmente, teremos resenha de HQ, yey! Ué, eu prometi, não foi? Promessa é dívida, então, cá estou eu pra cumprir a promessa, rs. Chega de papo furado, bora lá?

Imagem MLC

SINOPSE: Considerado uma ameaça grande demais para a humanidade, o poderoso Hulk foi exilado no selvagem planeta Sakaar pelo coletivo de super-heróis conhecido como Illuminati. Agora, ele retorna a Terra para executar uma terrível vingança. Acompanhado de seus irmãos de guerra sakaarianos e possuídos por uma fúria sem limites o Gigante Esmeralda volta para destruir aqueles que o traíram.

            Hulk Contra o Mundo é a finalização do arco que começou lá em Planeta Hulk e nos deixou meio sem saber o que pensar do verdão. Em Planeta Hulk II vemos todo o esforço de Gigante Esmeralda ir por água abaixo por uma treta que um dos seus novos amigos causou e fez com que ele pensasse que foi culpa dos humanos. E no final desta obra, vemos um garoto entrando em contato com alguns desses humanos lhes dizendo que Hulk está voltando e que está muito, mas, muito bravo. E é com essa expectativa, que temos a finalização de tudo. 

            Juntamente com seus aliados vivos do Pacto de Guerra, esse pessoal sai de Sakaar. Eles então dão uma passadinha na Lua, encontram Raio Negro, destroem Raio Negro (oi?!?) e partem para a Terra. Ao chegar novamente na Terra, com seus novos amigos, Hulk só quer saber de uma coisa: esmagar! Para ele, dane-se tudo, danem-se as explicações que os ex-amigos insistem que ele ouça, ele não quer ouvir nada. E nós sabemos que, quanto mais raiva, mais forte ele fica, e é assim que encontramos o Quebra-Mundos: muuuuiiitoooo forte! Ele está muito bravo, com muita raiva e só quer que a dor passe. Como ela não passa, ele resolve infligir dor em outras pessoas para que assim, eles possam sentir ao menos um pouquinho do que ele sentiu. Em uma das resenhas de Planeta Hulk, não sei se foi na primeira ou na segunda, eu comentei que o Grandão nem usava mais sua forma humana, apenas a monstruosa, e, isso não foi diferente. Ao lutar com seus antigos companheiros Vingadores, quando eles o tratam por ‘Bruce’, ele fica ainda mais bravo, odiando cada vez mais sua natureza humana. Ele explica que foi escravizado, forçado a lutar contra amigos, que viu sua vida nova desmoronar, tudo por culpa do grupo que o enviou para longe. E ao se dar por satisfeito, ele começa a pensar que as coisas podem novamente ser boas, porém, novamente, ele se vê em meio a uma sinuca de bico, quando, finalmente, as coisas voltam aos eixos, e ele descobre que se deixar dominar por sentimentos intensos, quer sejam bons ou ruins, podem causar danos enormes.

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          Hulk e o Pacto de Guerra saem arrebentando tudo e todos os que encontram no meio do caminho: eles vão até o Instituto Xavier, e o Professor lhe confessa que apesar de não ter tomado parte da decisão dos Illuminati por não estar presente na ocasião, ele teria apoiado a ideia de enviar o Grandão para outro planeta. Aí o Hulk dá um pau em diversas equipes de mutantes, parando somente quando acha que Xavier está sofrendo o bastante. Aí ele vai pra Manhattan, dá um pau no Homem de Ferro (e destrói a Torre Stark durante o pau no cara), dá um pau no Quarteto Fantástico, nos Novos Vingadores, nos Poderosos Vingadores, no Doutor Samson e ainda aplica os discos de obediência nos heróis para que eles não consigam usar seus poderes. Ainda tem pequenas brigas com Hercules, Namor - que não concordou com o plano de enviar Banner para outro planeta -, o General Ross - em quem ele queria dar um pau há tempos - e até em uma equipe do Exército dos Estados Unidos e mais alguns que não vou falar todos para não perder a graça, rs. E sabe o que é o mais punk? É que apesar de ele estar bravíssimo, ele está completamente consciente do que está fazendo. Ele está fazendo a mesma coisa que fizeram com ele quando chegou em Sakaar: colocando os heróis em uma arena para lutar como gladiadores, mas, diferente do Rei Vermelho, o Gigante Esmeralda não quer assassinatos, apenas justiça. Quer que os heróis vejam toda a destruição e convivam com a vergonha. 

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        Diferente de Planeta Hulk onde vemos um clima mais árido e com cores frias, Hulk Contra o Mundo, nos traz muitos tons de vermelho e preto, onde podemos ver a dor e a angústia não apenas do personagem que leva o nome do gibi, mas, de todos os outros que fazem parte do Universo Marvel. Achei que o final da trama foi perfeito, pois, vemos como as pessoas podem se enganar, que a confiança colocada em pessoas erradas podem ter consequências terríveis e o que as pessoas podem fazer para tentar consertar seus erros. Apesar de me simpatizar bastante com o Hulk, fiquei brava com as reações dele ao sequer deixar os seus antigos companheiros falarem, acho que ele poderia ter sido mais... humano. O problema é que se isso acontecesse, não teria história, rs. 

            Bom, só sei dizer que os gênios das HQ’s sempre me surpreendem com tramas adultas e nada clichês, e acho que é isso que tanto admiro nos criadores. Hulk Contra o Mundo é uma dessas histórias que nos prendem nas páginas do início ao fim, mexendo com nossas emoções mais profundas e nos mostrando que nem tudo é o que parece. Adorei!

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Hulk Contra o Mundo (World War Hulk) - Greg Pek & John Romita Jr..  Editora Salvat. Muuuuuiiitoooo bom!

Então, era isso, pessoas! Amanhã eu volto, beijoooo

10 comentários:

  1. Parabéns Cecília, ótima resenha. Gostei mais ainda quando faz referências a lição moral que existe na história. Quadrinhos são isso mesmo, diversão e aprendizagem. Os quadrinhos sempre foram um ótimo recurso para passar bons conceitos aos jovens, usando uma linguagem que eles podem compreender. Muito bom mesmo. Valeu.

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    1. Oie, Marcelo! Obrigada por passar por aqui!
      Sempre penso que os quadrinhos podem nos trazer diversas lições do que fazer ou não, do que é certo ou não, e essa edição em especial, me deixou muito pensativa sobre como minhas decisões podem influenciar as pessoas, como eu vejo e como o outro vê uma mesma proposta... Eu gostei muito, de verdade!

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  2. Otimo review. Realmente a história é intensa, foi sendo construída desde "Planeta HULK" para ser um grande evento com momentos fantásticos. Adorei ver o General Ross depois de tanto tempo com sua munição de adamantium. Também é bom ver que essa história ressoa "por conta" sem depender tanto de edições anteriores. É como se fosse realmente um grande evento, um filme blockbuster.

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    1. Eu pensei a mesma coisa, Victor. Apesar de ser o final de um arco, ela se sustenta sozinha, uma pessoa que não leu Planeta Hulk I e II consegue se situar tranquilamente, principalmente pelo fato que a Salvat nas páginas iniciais, trazem um pequeno resumo da trama, então, é tranquilo de se ler. General Ross, aff! Tenho asco daquele homem, sério! E aquele final, que que foi aquilo!!!

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  3. Amiga mutante, suas resenhas continuam atrativas, com aquele tom de conversa de sorveteria, convidativo, envolvente. Gostei bastante de ver que você foi leal ao arco, fechando o ciclo de resenhas com Planeta Hulk do Greg Pak sem o desfalcar. E continuo admirando sua produção aqui, que vem buscando apresentar as HQs de igual pra igual com a literatura dos romances. Bat-beijo.

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    1. Olha quem apareceu por aqui... Obrigada por vir dar o seu pitaco por aqui, que é sempre tão importante para meu conteúdo. Cada vez mais me surpreendo com a qualidade das HQ's, fico feliz que tenha agradado!

      Beijoooo

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  4. Wowwww, preciso ler esse livro. Não costumo ler HQ, mas amo pelas poucas que li. Essas da Marvel são maravilhosas, né? Resenha linda.

    Um beijooo

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