quarta-feira, 10 de abril de 2019

{{BEDA - Post #10}} Resenha #92: O Cerco – Brian Michael Bendis & Olivier Coipel


    Oiiiii, tudo de boa com vocês?

Trazendo hoje no BEDA MLC uma resenha de HQ que eu gostei muito de ler, e me deu aquele apertinho no peito após acabar a leitura.

Bora lá?

Imagem MLC
SINOPSE: O Universo Marvel caiu sob o controle de seus maiores supervilões. Depois dos eventos cataclísmicos de Invasão Secreta, Norman Osborn foi nomeado comandante do M.A.R.T.E.L.O., uma nova força internacional de manutenção da paz, que substituiu a S.H.I.E.L.D. No limite da insanidade, o ex-Duende Verde decide eliminar a última resistência a seus objetivos: a cidade celestial de Asgard.

     Estou chocada com essa HQ, não tenho palavra melhor para descrever. O Cerco acontece pós-Guerra Civil (RESENHA) durante a gestão de Norman Osborn no MARTELO, afinal, ele manipulou o governo matando uma rainha alienígena - em Invasão Secreta (RESENHA), e se tornou um tipo de herói. Mas, muita coisa desandou nesse meio tempo. As pessoas já voltaram a acreditar nos heróis, e algumas coisas mudaram para melhor enquanto outras pioraram muito. A trama começa com uma reunião de Osborn com os membros do MARTELO que ele quer transformar em Vingadores, e tentando remediar a situação, Norman decide oferecer aos cidadãos os Vingadores Sombrios – que são nada menos que membros dos Thunderbolts como análogos de Miss Marvel (Rocha Lunar), Wolverine (Daken), Homem-Aranha (Venom) e Gavião Arqueiro (Mercenário). Norman Osborn usava uma armadura de ferro com a estrela do uniforme do Capitão América e chamava a si mesmo de Patriota de Ferro. Juntamente com esses caras, mais o Sentinela Robert Reynolds e Loki, Osborn convoca uma reunião com o Doutor Destino e pede apoio para invadirem Asgard, que está localizada na Terra, acima de Oklahoma para ser mais exata. Tony Stark está muito doente e está sendo cuidado por Maria Hill e pelo doutor Donald Blake, que é o alter ego de Thor.

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   Norman com seu lado Duende Verde mais aflorado estava querendo uma briga de qualquer maneira, e Loki manipulou sua mente a pensar de maneira que, caso o governo não consentisse o ataque a Asgard, com a motivação certa, não poderiam ser detidos. E foi o que eles fizeram: arrumaram um catalizador. E não foi algo legal, foi tão cruel quanto a explosão da escola em Guerra Civil, e mesmo assim, o governo não aprovou o ataque a Asgard. O problema maior, é que eles tinham conseguido aliados usando de má fé, e muitos até então amigos dos asgardianos se tornaram inimigos, e uma dura batalha foi travada. Deixando a identidade humana de lado, Thor se junta à batalha enquanto Hill vai para um lugar mais seguro com um Stark ainda em recuperação.

    As coisas continuaram cada vez piores, e outra pessoa há muito sumida resolve dar o ar da graça: Capitão América, e ele recruta os antigos e verdadeiros Vingadores e até mesmo alguns novatos foram recrutados para se juntar aos asgardianos. A batalha continua cada vez mais dura, muitas baixas acontecem, Maria Hill consegue falar diretamente com a Casa Branca e recebe informações importantes sobre a batalha, sobre a condição de Osborn e tudo fica cada vez mais difícil. Homem de Ferro recebe a ajuda de um Vingador novato e tem sua armadura de volta e também se junta ao grupo de apoio aos asgardianos com o aval da Casa Branca, e o presidente quer apenas uma coisa: a prisão de Norman Osborn.

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    Só que as coisas pioram muito quando Osborn já sem a armadura – pois o Homem de Ferro desativou a mesma – pede penico chamando como backup, seus outros aliados. Aí o pau come! Muita briga, muita morte, muito sangue, muita coisa horrorosa que ninguém tinha previsto. E uma surpresa: Norman no desespero dá seu último golpe: ele chama pelo Sentinela – que já tinha feito seu estrago – só que agora ele quer o descontrole total deste. E então, acontece uma das piores cenas que eu já vi em uma HQ. Deu até um apertozinho no coração vendo aquilo. Aí você me pergunta: e o Loki? Ele foi o cara que planejou o desabamento do barraco e ficou sentadinho assistindo tudo? E eu te respondo: não!

    Loki tem uma sequência extremamente importante nas últimas páginas dessa trama que nos leva a pensar em quem realmente ele é. A lealdade dele vai até onde? Ele realmente está disposto a tudo pelo poder? Entendi onde o autor quis me levar, mas, confesso que até chegar lá, fiquei com mais perguntas do que com respostas. Não é à toa que Loki é o vilão preferido de muita gente. Acho que do universo Marvel ele é meu favorito também. Ao menos é o único que me vem a memória no momento, rs. E eu achei incrível o que aconteceu com ele aqui. Sabe aquele esquema de que cada ação gera uma reação? Mais ou menos isso. Ele queria uma guerra e teve, porém, as consequências também vieram e não foram poucas.

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   Após tudo ter um fim algumas decisões foram tomadas, o governo se posicionou de maneira maravilhosa, fazendo com que eu me sentisse finalmente feliz após ler uma HQ, pois, o final de O Velho Logan (RESENHA) acabou comigo, o final de Thunderbolts (RESENHA) também não teve o mais feliz dos finais, Invasão Secreta (RESENHA), nem me fale, mas, essa finalmente, deu fim àquele tormento todo pós-Guerra Civil e cada herói teve finalmente seu merecido descanso. Por enquanto, rs.

    Concordo totalmente com o diretor de publicações da Panini, Marco M. Lupoi, que disse que O Cerco representa o fim de uma era caótica. Digamos que seja a conclusão para a saga que começou lá em Vingadores: A Queda. As palavras exatas dele são: “Como diz o ditado, sempre fica mais escuro antes do amanhecer. Este foi o caso com o Universo Marvel. O Cerco representa o fim de uma era caótica. É um chamado de reunião para a comunidade super-humana alquebrada e marginalizada, o ponto em que heróis deixam de lado suas diferenças que os mantiveram afastados nos últimos anos e se unem mais uma vez para tornar o mundo um lugar melhor.”

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    As cores como sempre fazem toda a diferença, com tons terrosos durante as batalhas no chão e um azul triste quando vai para o ar. Nos quadrinhos onde eram apresentados os membros da Casa Branca, víamos sempre quadros escuros, as pessoas sombreadas mostrando para o leitor o quão estranho e sombrio estava tudo e como as coisas não se encaixavam, sensação total de deslocamento. Até mesmo na capa vemos esse tom de azul triste e cinza, em contraste, as últimas páginas já mostraram planos mais claros em amarelo e dourado, como se falasse que aquela fase ruim acabou, que tudo voltaria ao normal. Enfim, posso dizer que senti que a missão foi cumprida, rs. Brian Michael Bendis criou um roteiro incrível que se fosse para o cinema seria incrível, e as ilustrações de Olivier Coipel estão demais. Confusas e claras, do jeito que a gente gosta, rs.

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    Gente, que resenha imensa, mal aê! Vou encerrando já pra não aumentar mais o texto!

O Cerco (Siege), Brian Michael Bendis & Michael Coipel. Editora Salvat. Se você começou a chorar lá em Guerra Civil e seguiu chorando, chegou o momento de parar de chorar. Recomendadíssimo!


Ficando por aqui, gentemmm...

Beijoooo ^.~





4 comentários:

  1. Olá,Cecília!
    Gostei da saga O Cerco,gostei do final do Sentinela e do Ares
    Brian Michael Bendis,manda muito bem
    e curto muito os trabalhos dele.
    Não sei se é possível ou se você já tratou do assunto,mas e possível falar da saga Guerra Secreta orquestrada por Nick Fury?
    Desde já muito obrigado.
    Sucesso!

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    Respostas
    1. Olá Tom, tudo bem?
      Obrigada por comentar.
      Brian Michael Bendis realmente arrasa, eu adoro! Vou partir para Guerra Secreta em breve, tá bom?

      Beijooooo ^.~

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